terça-feira, 30 de abril de 2024

Instrumental Sesc Brasil apresenta Filó Machado no Sesc Consolação em show gratuito, dia 7 de maio

 

Foto de Marco Aurélio Olímpio 
No dia 7 de maio, terça-feira, o projeto Instrumental Sesc Brasil apresenta o compositor e multi-instrumentisa Filó Machado, às 19h, celebrando mais de 60 anos de trajetória. O show acontece no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, com ingressos gratuitos e transmissão ao vivo pelo canal do Instrumental Sesc Brasil no YouTube.

O projeto inclui ainda uma Masterclass com Filó Machado, a realizar-se no dia 8 de maio, das 19h às 21h, no Centro de Música do Sesc Consolação, com entrada também gratuita.

Filó Machado (violão) toca acompanhado pelo seu quinteto, formado por Fábio Leandro (piano), Felipe Machado (violão), Carlinhos Noronha (baixo), Sergio Machado (bateria) e João Paulo Barbosa (sax), além dos músicos convidados - Jorginho Neto (trombone), Sidmar Vieira (trompete), Daniel D'Alcantara (flugelhorn) e Marisa Liu (clarineta). A musicista, arranjadora e compositora Léa Freire (piano e flauta) faz participação especial no show. Filó é responsável pelos arranjos e pela direção das intervenções realizadas pelos instrumentistas.

No espetáculo, concebido especialmente para o Instrumental Sesc Brasil, Filó Machado apresenta 11 composições autorais, sendo algumas inéditas (apresentadas somente em shows ao vivo), como “Vadeco” (composta em homenagem a seu amigo músico que faleceu, em 2020, em decorrência da covid-19), “Plano de Voo”, “Wal”, “Laurence”, “To My Friend Legrand”, “Marco Zero”, “Pam Pam”, “Jojô” e outras. O programa ilustra sua rica e longa trajetória de 63 anos de música, em paralelo à sua busca pela originalidade. Os arranjos de Filó Machado buscam abrilhantar as harmonizações, desenhadas ao violão na concepção das melodias, criando uma instrumentação acústica com piano, violão, bateria, baixo e metais que ressalta a excelência dos músicos que o acompanham.

O artista, de 73 anos, é reconhecido não só pelo virtuosismo como multi-instrumentista ou pela originalidade e criatividade nas composições, sua interpretação encanta também pelo timbre personalíssimo e pela força de seu canto. Sua música transborda sensações: o dedilhar de ritmos que passam por sons dos diversos “brasis” se conecta com a música do mundo, tendo o artista imerso em sua história, sua vida e sua arte integrada às melodias.

Instrumental Sesc Brasil é um espaço de shows instrumentais, um encontro entre músicos novos e consagrados de diversas vertentes. - O projeto pioneiro de música instrumental do Sesc foi adaptado para a televisão, em 1990, mas já existia na unidade do Sesc Paulista, desde o início da década de 80. Atualmente, os shows acontecem semanalmente no Teatro Anchieta, na unidade Sesc Consolação.

Sobre Filó Machado

Cantor, compositor, multi-instrumentista e arranjador, com mais de 60 anos de carreira, 13 discos lançados, uma indicação ao Grammy Latin Jazz, e vencedor do Prêmio Profissionais da Música, categoria Autor, Filó Machado é considerado por muitos como "Mestre da Música". Apresentou-se em dezenas de países, dividiu palco com nomes como Michel Legrand, Jon Hendricks, Silvain Luc, Dory Caymmi, Gal Costa, João Donato, Raul de Souza, Kenny Barron, Joyce Moreno, Arismar do Espírito Santo, Leny Andrade, Os Cariocas, Tetsuo Sakurai e outros. Nas gravações de discos, constam parcerias com Hermeto Paschoal, Andreas Oberg, John Patitucci, Cesar Camargo Mariano, Djavan, Jorge Vercillo, Kenny Barron, SWR Big Band Stuttgard e Warvey Waynapel.  Apresentou-se em importantes teatros e festivais: Teatre de Bercy (Paris), Carnegie Hall (New York), Massey Hall (Toronto), Motion Club (Yokohama), Java Jazz Festival (Jackarta), Teatre Flagey (Bruxelles), Teatro Nacional Sucre (Quito), Teatro de Kiev (Kiev), D'izzys Club Coca Cola (New York), Pescara Jazz (Ilhas Canárias), Festival de Jazz de Barquisimeto (Venezuela) e, no Brasil, Jazz & Blues do Maranhão, Jericoacoara Jazz), Ibitipoca Jazz e Santos Jazz, entre outros.

Em 2021, comemorou 70 anos de vida e 60 de carreira com shows virtuais; lançou o Filó Machado 60/70 Songbook (virtual, gratuito); dirigiu show do neto Felipe Machado; tocou e foi diretor musical do Festival SP Choro in Jazz e apresentou-se em unidades do SESI-SP. Em 2023, apresentou-se nos Sesc’s Rio Preto e Pompeia e no Teatro B32 (convidado da Orquestra Brasil Jazz Sinfônica) e realizou a Eurotour - Lituânia, Alemanha, Espanha, Itália, Portugal e França. Para 2024, prepara o lançamento de dois novos álbuns e, em razão ser selecionado pelo Programa Ibermúsicas, fará circulação do espetáculo atual por Portugal.

 

Serviço

Instrumental Sesc Brasil
Show: Filó Machado

Dia 7 de maio de 2024. Terça, às 19h
Gratuito - Ingressos disponíveis no dia 7/5 - no portal sescsp.org.br, a partir das 12h, ou nas bilheterias
das unidades do Sesc SP, a partir das 14h.
Local: Teatro Anchieta (280 lugares). Duração: 90 minutos. Classificação: Livre.
Transmissão online ao vivo:  Youtube/InstrumentalSescBrasil

Masterclass com Filó Machado
Dia 8 de maio, de 2024. Quarta, das 19h às 21h
Local: Centro de Música do Sesc Consolação
Gratuito - Distribuição de senhas no local com 30 minutos de antecedência. 

SESC CONSOLAÇÃO

Rua Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 3234-3000. Acessibilidade: Sim.

Na rede: @sescconsolacao – Site: www.sescsp.org.br/consolacao 

Filó Machado nas redes - @filomachadomusico.

 

 

Informações à imprensa
Assessoria de Imprensa | Filó Machado:
VERBENA Assessoria | Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

Assessoria de imprensa | Sesc Consolação:
Andréa Oliveira
Tel.: (11) 3234-3061
 andrea.rodrigues@sescsp.org.br / imprensa.consolacao@sescsp.org.br

Terreiros Nômades promove encontro entre Salloma Salomão, comunidade e escolas municipais

Evento acontece na Zona Sul, nas dependências da S.R.B.E.E.S Lavapés Pirata Negro.

Salloma Salomão / foto de Ali Ghandtschi

No dia 4 de maio, sábado, a partir das 9h30, a N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas - em parceria com a S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro - promove um encontro com doutor em história Salloma Salomão, dialogando com pais, mães, professores/as, funcionários/as, educadores/as e cuidadores/as sobre a importância do ensino das histórias e saberes das culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias nos espaços escolares e culturais.

As escolas públicas envolvidas na ação são a EMEF Ana Maria Alves Benetti e a EMEI Cruz e Souza (zona sul da cidade). O encontro será aberto à toda a comunidade e ao público interessado.

O evento tem início com um café da manhã para os presentes, seguido pela Chegança Artística da Coletiva N’Kinpa, uma performance poética, um instante encantatório que aguça os sentidos para evidenciar a representatividade negra e indígena. Na sequência, ocorre a roda de conversa com o palestrante convidado e discotecagem com o DJ Suissac.

Esse é o primeiro de quatro encontros com a comunidade, que acontecerá durante o ano de 2024, sob coordenação da N’Kinpa, integrando as ações do projeto TERREIROS NÔMADES: Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, contemplado pela 41ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. O projeto visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artístico-pedagógica, das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino das histórias, saberes e culturas africanas, afro-brasileiras e originárias nos currículos do ensino fundamental e médio. As duas escolas envolvidas no projeto são instituições onde essas leis são aplicadas levando a educação antirracista para além do material didático.

Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha da EMEF Ana Maria Alves Benetti e da EMEI Cruz e Sousa, além de serem escolas cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das referidas Leis, deve-se ao fato de se localizarem no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”. E completa: “buscamos com ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos alargando o acesso às artes, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que, por conta do racismo estrutural histórico, foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos os direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.

A S.R.B.E.E.S. - Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva e Escola de Samba Lavapés Pirata Negro é a mais antiga escola de samba da cidade de São Paulo, ainda em atividade. Fundada em 1937, tem como cores oficiais o vermelho e o branco e o ator Ailton Graça é o atual presidente.

Salloma Salomão - doutor em História pela PUC-SP (2005), desde a juventude combina atividade artístico-criativa com práticas de pesquisa acadêmica e formas educativas de intervenção sócio-política antirracista. É também compositor, educador, ator e dramaturgo ‘autoformado e socialmente construído’.

N’Kinpa -  O Núcleo de Culturas Negras e Periféricas é uma coletiva formada do encontro entre artistas-educadoras/es e agentes culturais negros e negras, dispostos/as e politicamente comprometidos/as a bulir, criar e propor ações contra coloniais para crianças, adolescentes e jovens a partir das cosmovisões africanas, afrodiaspóricas e originárias, visando a implementação das leis federais 10.639/03 e a 11.645/08.

Serviço

Encontro: Terreiros Nômades com as Comunidades
Participantes: EMEF Ana Maria Benetti, EMEI Cruz e Souza e S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro.
Data: 4 de maio. Sábado, às 9h30
9h30 - Café da manhã
10h - Chegança Artística com a Coletiva N’Kinpa
11h - Roda de Conversa com Salloma Salomão
12h30 - Vivência gastronômica
13h - Discotecagem com DJ Suissac

Local:
S.R.B.E.E.S. - Sociedade Recreativa Beneficente Esportiva e Escola de Samba Lavapés Pirata Negro 
Avenida Barro Branco, 770 - Vila do Encontro. ZS. São Paulo/SP. CEP: 04324-090.
Entrada gratuita. Livre. Duração: 4h.

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 -
verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Egberto Gismonti é atração do projeto Estação Brasileira do Sesc Belenzinho

Na apresentação, o músico dá uma prévia de seu novo álbum a ser lançado em 2024.

Foto de Roberto Cifarelli 

O compositor, multi-instrumentista e arranjador Egberto Gismonti, com mais de 45 anos de carreira e mais de 60 discos gravados, é atração do projeto Estação Brasileira, do Sesc Belenzinho, entre os dias 3 e 5 de maio, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 18h.

O músico carioca apresenta show inédito, dando uma prévia de seu novo álbum, cujo lançamento está previsto para ocorrer ainda em 2024. No repertório, além das composições inéditas, Gismonti interpreta clássicos da sua carreira.

Egberto Gismonti, 77 anos, nasceu em Carmo, RJ. Sua obra não comporta classificações de gênero. As fronteiras entre música popular e erudita são diluída em suas músicas, trazendo uma sonoridade ímpar e original. Com formação erudita, o artista é notório pela pesquisa em música popular e folclórica brasileiras, além de ser um dos primeiros músicos do país a usar sintetizadores em seu trabalho.

Além da vasta discografia, ele assina diversas produções e arranjos para outros artista. Aclamado internacionalmente, Gismonti já apresentou sua música em várias partes do mundo, tendo discos lançados em países como França e Alemanha. É também autor de dezenas de trilhas sonoras para cinema, teatro, balé, séries de televisão e projetos de artes visuais.

O Estação Brasileira, do Sesc Belenzinho, contempla nomes consagrados e artistas da nova geração, privilegiando a música popular feita no Brasil.

Serviço

Show: Egberto Gismonti
Projeto: Estação Brasileira
Dias 3, 4 e 5 de maio de 2024.
Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Valores: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (Credencial Sesc).
Ingressos disponíveis somente nas bilheterias das unidades Sesc.
Limite de 2 ingressos por pessoa.
Local: Teatro (374 lugares). Classificação: 12 anos. Duração: 90 min. 

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700 
sescsp.org.br/Belenzinho  

Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.

Transporte Público
Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m) 
Sesc Belenzinho nas redes  
Facebook | Instagram | YouTube: @sescbelenzinho   

INFORMAÇÕES À IMPRENSA 

Verbena Assessoria | Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 verbena@verbena.com.br 

Sesc Belenzinho | Priscila Dias
Tel.: (11) 2076-9762 | imprensa.belenzinho@sescsp.org.br

As Aves da Noite, drama de Hilda Hilst, tem sessões de pré-estreia nos CEUs Cidade Dutra e Alvarenga

Foto: Priscila Prade

O espetáculo As Aves da Noite, drama teatral escrito por Hilda Hilst há 55 anos, vencedor do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Virtual, em 2022, tem apresentações de pré-estreia na Zona Sul de São Paulo: no CEU Cidade Dutra (16 de maio, às 19h) e CEU Alvarenga (17 de maio, às 20h), com ingressos gratuitos.

A estreia oficial ocorre no dia 24 de maio de 2024, no Teatro Cacilda Becker, onde permanece até o dia 2 de junho, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Na sequência, segue para o Teatro Arthur Azevedo (6 a 16/06) e Teatro Paulo Eiró (20 a 30/06). Este projeto foi contemplado pela 17ª Edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

A encenação, que se passa em Auschwitz, tem direção de Hugo Coelho e elenco formado por Marco Antônio Pâmio, Marat Descartes, Regina Maria Remencius, Rafael Losso, Walter Breda, Fernando Vítor, Marcos Suchara, Wesley Guindani e Heloisa Rocha.

O enredo de As Aves da Noite parte da história real do padre franciscano Maximilian Kolbe que, em um campo de concentração nazista de Auschwitz, apresentou-se voluntariamente para ocupar o lugar de um judeu sorteado para morrer no chamado “porão da fome” em represália à fuga de um prisioneiro. Segundo o diretor Hugo Coelho, “esta é uma versão contemporânea do texto de Hilda. Não é uma reconstituição de Auschwitz, partimos de Auschwitz. O espetáculo é um grito contra a barbárie, contra o fascismo que usa a violência como instrumento de ação política”.

No porão da fome, a autora coloca em conflito os prisioneiros condenados a morrer na cela: o Padre, o Carcereiro, o Poeta, o Estudante e o Joalheiro, que são visitados pelo Oficial da SS, pela Mulher que limpa os fornos e por Hans, o ajudante da SS. Na montagem, eles aparecem isolados, confinados em gaiolas como um signo, uma alusão à prisão onde a história se passa. “A primeira coisa que os governos totalitários e ditatoriais fazem ao prender alguém é destituí-lo de sua dignidade e submetê-lo ao sofrimento extremado, e isso os nazistas fizeram com requintes inimagináveis de crueldade”, comenta o diretor.  Segundo ele, a proposta de concepção de Hilda Hilst é muito clara, colocando as personagens em estado de reflexão sobre suas próprias condições no confinamento. A leitura que a autora faz dos aspectos éticos e humanos passam por questionamentos sobre Deus, sobre o mal e sobre a crueldade.

Nos diálogos estão o embate entre a vida e o que lhes resta, os devaneios entre desespero e delírio. O Poeta declama como se morto estivesse, o Estudante sonha com outro tempo, o Joalheiro ainda lembra-se da magnitude das pedras, enquanto a Mulher é humilhada em sua condição inferior. O Carcereiro, mesmo sendo um condenado, ironiza a condição dos demais e os trata com escárnio; o SS os chama de porcos e os agride e menospreza, enquanto o estado de debilidade emerge da vida e da já não existência desses humanos subjugados.

A montagem de As Aves da Noite busca elucidar a humanidade e densidade contida no texto, mergulhando nas possibilidades inesgotáveis do drama para emergir na poética da tragédia. “O discurso racional não dá conta da realidade. A arte tem o papel de traduzir esse discurso como uma segunda realidade que passa pela razão, mas também pelo sensorial e pela emoção”, reflete Hugo Coelho. “E temos a sorte de reunir um elenco de extrema grandeza. O talento desses atores é um pilar fortíssimo no resultado final do trabalho”.

Sobre o texto, Hilda Hilst falou: “Com As aves da noite, pretendi ouvir o que foi dito na cela da fome, em Auschwitz. Foi muito difícil. Se os meus personagens parecerem demasiadamente poéticos é porque acredito que só em situações extremas é que a poesia pode eclodir viva, em verdade. Só em situações extremas é que interrogamos esse grande obscuro que é Deus, com voracidade, desespero e poesia”.

O cenário, que traduz o cárcere com gaiolas humanas, foi concebido pelo diretor. O figurino (de Rosângela Ribeiro) faz alusão aos uniformes de presidiários, reforçando a imagem do encarceramento. A iluminação (de Fran Barros) dá foco a cada personagem, reforça o clima denso e claustrofóbico do ambiente, privilegiando o espaço teatral, “afinal a visão do espectador é diferente da visão do telespectador”, diz o diretor reportando à temporada virtual.  A trilha sonora, assinada por Ricardo Severo, traz uma canção original do texto que remete à tradição judaica, cantada pelas personagens, e segue a mesma orientação da iluminação: “não faria sentido apenas reproduzirmos o que fizemos no vídeo, pois agora estamos no palco, que tem a sua dinâmica e necessidades próprias. Quem viu a peça online e for assistir no teatro vai encontrar cenas e tratamentos diferentes, inclusive com introdução de novos elementos”, explica o diretor

Hugo Coelho afirma que o propósito do espetáculo é trazer à cena o discurso poderoso e contundente de Hilda Hilst. “As Aves da Noite nos faz encarar toda a barbárie do poder, do domínio, do autoritarismo, das torturas nos porões das ditaduras. Auschwitz é uma ferida aberta na humanidade para a qual é difícil encontrar palavras que a qualifique. As Aves da Noite mostra o reverso, o outro rosto da humanidade, perverso, doente e profundamente violento. Não podemos permitir que a violência e a barbárie continuem sendo normatizadas ao longo da história. Por isso essa obra, de extrema qualidade literária, é tão importante para o momento em que vivemos”, finaliza o encenador.

As Aves da Noite, idealizado pelo produtor Fábio Hilst, teve sua primeira temporada apresentada virtualmente, devido à pandemia da covid-19. Foi gravado em vídeo, 80 anos após a morte de Maximilian Kolbe, exatamente no momento em que o mundo vivia uma experiência de confinamento. Kolbe morreu em Auschwitz, em 1941, e foi canonizado em 1982, pelo Papa João Paulo II. São Maximiliano é considerado padroeiro dos jornalistas e radialistas e protetor da liberdade de expressão.

FICHA TÉCNICA - Texto: Hilda Hilst (1968). Direção: Hugo Coelho. Elenco: Marco Antônio Pâmio (Pe. Maximilian), Marat Descartes (Carcereiro), Regina Maria Remencius (Mulher), Walter Breda (Joalheiro), Rafael Losso (Estudante), Fernando Vítor (Poeta), Marcos Suchara (SS) e Wesley Guindani (Hans) e Heloisa Rocha. Direção de produção: Fábio Hilst. Assistência de direção e de produção: Fernanda Lorenzoni. Cenografia: Hugo Coelho. Figurino e objetos de cena: Rosângela Ribeiro. Desenho de luz: Fran Barros. Música original e desenho de som: Ricardo Severo. Cenotecnia: Wagner José de Almeida. Serralheria: José da Hora. Pintura de arte: Alessandra Siqueira. Assistência de cenotecnia: Matheus Tomé. Confecção de figurino: Vilma Hirata e Natalia Hirata. Fotos/divulgação: Priscila Prade e Heloisa Bortz. Design gráfico: Letícia Andrade. Gerenciamento de mídias sociais: Felipe Pirillo. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Idealização/produção: Três no Tapa Produções Artísticas. Realização: Prêmio Zé Renato - 17ª Edição, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Serviço

Espetáculo: As Aves da Noite
Pré-estreia. Duração: 75 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos. 

CEU Cidade Dutra
16 de maio – Quinta, às 19h
Av. Interlagos, 7350 - Interlagos. São Paulo/SP.
Pré-estreia seguida de bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Retirada no local. Tel.:  5668-1953. 

CEU Alvarenga
17 de maio – Sexta, às 19h
Estr. do Alvarenga, 3752 - Balneário São Francisco. São Paulo/SP.
Pré-estreia seguida de bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Retirada no local. Tel.:  (11) 5672-2500. 

Estreia

Teatro Cacilda Becker
De 24 de maio a 2 de junho - Sextas e sábados, às 21h, e Domingos, às 19h.
Rua Tito, 295 - Lapa. São Paulo/SP.
Tel.: (11) 3864-4513. Capacidade: 350 lugares.
26/05 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público. 

Teatro Arthur Azevedo
De 6 a 9 de junho - Quinta a sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.
De 14 a 16 de junho - Sexta e sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.
Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca. São Paulo/SP.
Tel.: (11) 2604-5558. Capacidade: 349 lugares.
09/06 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Bilheterias: 1h. Antecipados: Sympla - www.sympla.com.br. 

Teatro Paulo Eiró
De 20 a 23 de junho - Quinta a sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.
De 28 a 30 de junho - Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Avenida Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. São Paulo/SP.
Tel.: (11) 5546-0449. Capacidade: 467 lugares.
23/06 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Bilheterias: 1h. Antecipados: Sympla - www.sympla.com.br.

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.brShare Button

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Sesc Belenzinho apresenta Elefante, espetáculo que reflete sobre o envelhecimento

No elenco, entre outros, está a atriz Chandelly Braz e o ator Igor Angelkorte, que também assina a direção da montagem carioca.


Incitando questionamentos sobre a morte e o envelhecimento, o espetáculo Elefante, da carioca Probástica Companhia de Teatro, faz breve temporada no Sesc Belenzinho. As apresentações acontecem nos dias 26, 27 e 28 de abril e dias 1, 3, 4 e 5 de maio, com sessões às sextas e sábados, às 19h, domingos e feriado, às 17h. As sessões dos dias 3, 4 e 5/5 contam com interpretação em libras, audiodescrição e um tour tátil, 30 minutos antes do espetáculo.

Com dramaturgia de Walter Daguerre, indicado ao Prêmio Shell (2006), o enredo questiona o significado de envelhecer, aborda a forma como lidamos com as pessoas idosas que estão ao nosso lado e reflete sobre como entendemos o nosso próprio envelhecimento. A direção é assinada por Igor Angelkorte, que também integra o elenco ao lado de Chandelly Braz, Fernando Bohrer, Lívia Paiva, Renato Livera e Samuel Toledo.

“O que seria da humanidade se pudéssemos viver para sempre?” A partir desta provocação, a peça Elefante aborda uma sociedade em que, pela primeira vez na história, uma geração consegue manter-se jovem e saudável por tempo indeterminado. Nessa sociedade distopia, neurótica, excessivamente preocupada com a estética e conservadora, aos 30 anos, todos os membros passam a tomar um medicamento conhecido apenas como Pílula e assim permanecem jovens e com saúde plena por séculos. O conflito se estabelece quando um dos personagens rompe com a cultura estabelecida e decide parar de tomar a Pílula. Ele se retira do convívio familiar e vai morar no único país onde as pessoas ainda envelhecem.

A peça se utiliza da ficção científica como instrumento lúdico de questionamento do valor da morte e do envelhecimento hoje em dia. Trata-se de uma história que reflete a dificuldade da humanidade em se relacionar com a própria finitude, a forma com a qual lidamos com o envelhecimento e o adoecimento provocado pela busca pela juventude eterna.

Elefante fez duas temporadas no Rio de Janeiro e participou de importantes festivais brasileiros como o FIT em São José do Rio Preto (SP) e o Cena Contemporânea em Brasília (DF), entre outros. No Nordeste, circulou pelas capitais Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

A temporada de Elefante no Sesc Belenzinho integra a ação Tabu: Sexo, Drogas e Rock'n Roll, que propõe, em eventos, atividades ou espetáculos, uma quebra nos estereótipos e uma reflexão sobre o envelhecimento sob a ótica desses três eixos e sobre como eles conversam atualmente com a situação dos idosos.

Probástica Cia. de TeatroFundada, em 2011, pelos atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e Samuel Toledo, a Probástica Cia pesquisa a construção de dramaturgias originais por meio do trabalho colaborativo em improvisos que investiguem a relação da cena com o tema em questão. Também faz parte de sua pesquisa a busca pela teatralidade em espaços não convencionais e o desdobramento da relação entre a ficção e o real. Dessa pesquisa resultaram três espetáculos: [des]conhecidos, Elefante e Uma Praça Entre Dois Prédios, Próximo de Um Chaveiro, Grafites na Parede e Uma Árvore, sendo esta última indicada ao Prémio Shell 2017 de Melhor Iluminação.

FICHA TÉCNICA - Elenco: Fernando Bohrer, Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva, Renato Livera e Samuel Toledo. Direção e argumento: Igor Angelkorte. Texto: Walter Daguerre. Assistência de direção: Paula Vilela e Philipp Lavra. Direção de produção: Marcela Casarin. Assistência de produção: Livia Machado. Estímulo artístico: Miwa Yanagizawa. Cenografia: André Sanches. Direção de palco: Wallace Lima. Iluminação: Renato Machado. Adaptação de luz e montagem: João Gioia. Operação de luz e som: Wallace Furtado. Figurino: Ronald Teixeira. Direção musical: Felipe Storino. Fotografia: Phillipp Lavra. Comunicação visual: Paula Vilela. Idealização: Probástica Companhia de Teatro. Produção: Mãe Joana Filmes e Produções. Realização: Sesc SP.

Sinopse: Elefante conta a história de uma família que vive numa época em que ninguém mais envelhece e, portanto, não se morre de causas naturais. A partir dos 30 anos, todos passam a tomar um medicamento conhecido apenas como Pílula, e permanecem jovens e com saúde plena por séculos. O conflito se estabelece quando um dos personagens rompe com a cultura estabelecida e decide parar de tomar a Pílula. Ele se retira do convívio familiar e vai morar no único país onde as pessoas ainda envelhecem.

Serviço

Espetáculo: Elefante
Com: Probástica Companhia de Teatro
Dias 26, 27 e 28 de abril -  Sexta e sábado, às 19h. Domingo, às 17h.
Dias 1, 3, 4 e 5 de maio - Sexta e sábado, às 19h. Domingo e feriado, às 17h.

Acessibilidade: Dias 3, 4 e 5/5 - interpretação em libras, audiodescrição e tour tátil (30 minutos antes das sessões).

Local: Sala de Espetáculos 1 (120 lugares)

Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (Credencial Sesc).

Vendas online, a partir de 16/4, às 17h: portal sescsp.org.br e app Credencial Sesc SP.

Vendas / bilheterias das unidades Sesc: a partir do dia 17/04, às 17h (2 ingressos por pessoa).
Duração: 75 min. Gênero: Comédia dramática. Classificação: 18 anos.

SESC BELENZINHO

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.

Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700 

sescsp.org.br/Belenzinho  

Estacionamento 

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.  

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.  

 

Transporte Público 

Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)  

 

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Sesc Belenzinho recebe o reggae do jamaicano Jesse Royal no dia 27 de abril

A apresentação de abertura fica a cargo do DJ Jason Panton.

Foto de Tsamokush i

Revelação da nova geração do reggae jamaicano, com indicação ao Grammy de melhor álbum de reggae, Jesse Royal apresenta-se na Comedoria do Sesc Belenzinho, no dia 27 de abril, sábado, às 20h30, em show que integra a turnê Royal Tour 2024. A apresentação faz parte do projeto Chama Reggae do Sesc Belenzinho.

Acompanhado pela banda paulistana Royal Reggae Band, com mais de 20 anos de estrada, o artista interpreta músicas dos álbuns Lily of Da Valley e Royal. O público ainda será brindado com a performance do DJ Jason Panton em apresentação de abertura, aquecendo a plateia para Jesse. Panton é idealizador da festa Dubwise, um dos mais notáveis eventos de sistema de som de reggae, que começou em 2013, em Kingston, JM.

Jesse Royal, natural de Kingston, é um cantor, compositor e intérprete aclamado internacionalmente. Após sete anos do lançamento do primeiro single, veio o disco de estreia, Lily of Da Valley (2017), que liderou a lista de álbuns de reggae da Billboard. Em 2019, lançou LionOrder - feat com Protoje - produzido por Sean Alaric, seguido pelo single Natty Pablo (2020), como parte do lançamento de seu segundo álbum completo, Royal, que foi indicado ao Grammy, em 2022. Jesse também acaba de lançar o single Blessing, em colaboração com Yohan Marley.

O artista já colaborou e criou com alguns dos músicos mais respeitados do mundo, ao longo de sua carreira. Entre eles: Sean Paul, Vybz Kartel, Protoje, Chronixx, Steve Aoki, Damian Marley e Major Lazer, entre outros.

O projeto Chama Reggae do Sesc Belenzinho visa a valorização do gênero, cujas principais características são a crítica social e a crítica às desigualdades. Apresenta estilos variados que contemplam todas as vertentes do reggae.

Serviço

Show: Jesse Royal
Projeto: Chama Reggae
Dia 27 de abril. Sábado, às 20h30.

Valores: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (Credencial Sesc).
Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc.
Limite de 2 ingressos por pessoa.
Local: Comedoria (500 lugares). Classificação: 14 anos. Duração: 90 min. 

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
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De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
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