quarta-feira, 27 de junho de 2012

“Pessoas Absurdas” segue até 26/8 no Teatro Jaraguá

A temporada da comédia Pessoas Absurdas de Alan Ayckbourn, em cartaz no Teatro Jaraguá com direção de Otávio Martins, foi prorrogada até o dia 26 agosto. A peça narra uma hilária relação entre três casais, cuja história se passa em três diferentes noites de Nata, nas cozinhas dos protagonistas, vividos pelos atores Marcello Airoldi, Fernanda Couto, Kiko Vianello, Ester Laccava, Fabiana Gugli e Eduardo Semerjian.

O dramaturgo inglês Alan Ayckbourn - um dos autores mais montados do mundo - transpõe a nacionalidade ao abordar, de forma crítica, o lado patético do ser humano. O diretor Otávio Martins explica que a comédia inglesa tem forte característica textual. “Somos latinos, estamos trazendo um humor mais físico ao grande texto de Ayckbourn, mas a montagem é uma comédia inteligente e popular”, comenta.

A história se passa, originalmente, na década de 70, mas o diretor optou por ambientá-la nos anos 80, facilitando aos atores a busca por elementos reais de identificação, referências próximas, para compor as complexas e cômicas personagens. Inclusive o figurino (assinado por Theodoro Cochrane) tem como forte referência a alta costura dos anos 80. A trilha sonora original também segue a mesma referência e consolida a parceria entre o diretor e Ricardo Severo com quem Otávio Martins. “Fazemos uma homenagem aos clichês e costumes da época. O público vai rir do patético. As pessoas são, sim, absurdas e totalmente reais. E as situações a que estão expostas também são absurdas”, finaliza o diretor.

Pessoas Absurdas mostra de forma hilária e sarcástica como o dinheiro e o status social são determinantes até mesmo nas relações, sejam elas amorosas ou de amizade. A encenação lança um divertido olhar sobre como nossas ações e opções cotidianas podem nos tornar pessoas absurdas aos olhos alheios.

O enredo de Pessoas Absurdas transcorre no espaço de três anos. O espectador testemunha a decadência e ascensão financeira das personagens e o reflexo dessas mudanças em suas relações conjugais e pessoais e em seus comportamentos sociais.

O primeiro ato acontece no Natal passado, na cozinha da casa de Jane e Sidney (Fernanda Couto e Marcello Airoldi). Desejosos em ascender socialmente, convidam dois casais abastados para a confraternização. No segundo ato, a peça se passa no Natal presente, na cozinha de Eva e Geofrey (Ester Laccava e Kiko Vianello), que estão em plena crise conjugal e com problemas financeiros. Eles recebem os dois outros casais da história, sendo que o primeiro já ascendeu socialmente. E no último ato, a peça se desenrola no ano próximo, na cozinha dos anfitriões Marion e Ronald (Fabiana Gugli e Eduardo Semerjian), que também enfrentam a terrível queda das finanças. Neste Natal, os casais se encontram em situações financeiras e sociais inversas àquelas apresentadas no primeiro ato, sofrendo as conseqüências da ascensão e queda social.

Peça: Pessoas Absurdas
Texto: Alan Ayckbourn
Tradução: Edu Guimarães
Direção: Otávio Martins  
Elenco: Fernanda Couto, Marcello Airoldi, Kiko Vianello, Eduardo Semerjian, Ester Laccava e Fabiana Gugli
Iluminação: Hugo Peake
Trilha sonora: Ricardo Severo
Cenografia: Mira Andrade
Figurino: Theodoro Cochrane
Fotografia: Luciana Serra
Direção de produção: Carlos Mamberti
Produção executiva: Daniel Palmeira
Realização: Ananda Produções e Mamberti Produções
Teatro Jaraguá (Novotel Jaraguá São Paulo Conventions)
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista/SP – Telefone: (11) 3255-4380
Temporada: sexta (21h30), sábado (21h) e domingo (19h) – Até 26/08
Ingressos: R$ 50,00 (meia R$ 25,00) - Duração: 90 min.
Gênero: Comédia - Classificação: 12 anos - Estacionamento: R$ 18,00
Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212).
Estreou: 31/03/12 - www.teatrojaragua.com.br

“The Fairy Queen - Sonho de Uma Noite de Verão”, última semana no SESC Bom Retiro




O Núcleo Universitário de Ópera (NUO) estreou The Fairy Queen – Sonho de Uma Noite de Verão no dia 22 de junho, no SESC Bom Retiro. A temporada termina neste domingo, 1º de julho, às 18 horas, tendo ainda sessões na sexta (29/6, às 20 horas) e sábado (30/6, às 19 horas).

Com músicas de Henry Purcell e texto de William Shakespeare esta semi-ópera tem direção geral do maestro Paulo Maron, que é diretor e fundador do NUO. “Nesta versão de The Fairy Queen a direção de arte buscou inspiração nas estéticas do cubismo e do surrealismo para a encenação”, explica o diretor.

Henry Purcell (Londres, 1659-1695) é considerado um dos mais importantes compositores do período barroco e o maior compositor da Inglaterra. Escreveu várias obras para grupos orquestrais de câmara, óperas  e semi-óperas como é o caso de  The Fairy Queen (A Fada Rainha).

Em 1692, Purcell compôs essa obra para ser inserida numa adaptação da peça Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare. Sendo assim, esta obra de Purcell só pode ser compreendida dramaticamente se diretamente ligada à peça, pois muitas das canções são metáforas das cenas escritas por Shakespeare.

Nesta montagem do NUO os intérpretes são responsáveis por todos os âmbitos da encenação. Tanto os personagens de Shakespeare quanto as canções de Purcell, além dos números circenses, são protagonizadas pelos integrantes da Companhia.

 A história começa no Palácio do Duque Teseu, prestes a se casar com Hipólita, a Rainha das Amazonas. Ele rebece a visita do indignado Egeu, cuja filha Hérmia recusa se casar com Demétrio e insiste na paixão por Lisandro. Teseu lhe avisa que deve escolher entre casar com Demétrio ou viver confinada em um convento. 

No bosque, onde os amantes se refugiam, o rei e a rainha dos elfos e fadas brigam pela posse de um jovem pagem. O rei Oberon decide com a ajuda de seu assistente Puck, fazer um feitiço para a rainha Titânia desistir da disputa. Ele deve derramar o suco
da  flor amor-perfeito sobre ela, quando estiver dormindo, para que se apaixone pela primeira pessoa que olhar. Esse é o ponto de partida para uma das comédias mais criativas de Shakespeare, que tem ainda a incrível música de Purcell como uma arte a mais.

Semi-ópera: The Fairy Queen - Sonho de Uma Noite de Verão 
Música: Henry Purcell
Texto: William Shakespeare 
Direção: Paulo Maron
Com: NUO - Núcleo Universitário de Ópera
Preparação corporal: Marília Velardi
Coreografias: Wesley Fernandez e Marília Velardi
Produção: Paulo Maron
Coro do Núcleo Universitário de Ópera
Orquestra do Núcleo Universitário de Ópera
Elenco: Luis Fidelis - barítono (Lisandro); Natália Capucim - soprano (Hérmia); Caio Oliveira - tenor (Demétrio); Isabel Nobre - soprano (Helena); Vanessa Scorsoni - soprano (Titânia); Fabrício Branchini - baixo (Oberon); Gustavo Lassen  - baixo (Botton, o tecelão); André Estevez - tenor (Francys Flauta e Remenda Foles); Gulherme Prioli - baixo (Peter Quincy, o carpinteiro); Rafael Salles - tenor (Snug, o marceneiro); Carlos Kozera - baixo (Snout, o caldeireiro); Murillo Vilas Boas - tenor (Teseu); Ales Scaranto - tenor (Egeu); Angélica Menezes - mezzosoprano (Hipólita).
Até 1º de julho – sexta (20h), sábado (19h) e domingo (18h)
SESC Bom Retirowww.sescsp.org.br
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos/SP – Tel: (11) 3332-3600
Ingressos: R$ 24,00, R$ 12,00 e R$ 6,00 - 120 min. – Classificação: 12 anos

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Peça de Samir Yazbek é encenada em Londres

Samir Yazbek será o primeiro dramaturgo brasileiro a ter uma peça encenada no National Theatre, de Londres, com o texto inédito “The Ritual”

No próximo dia 21 de junho, às 20h30, estreia “The Ritual”, de Samir Yazbek, no National Theatre, de Londres, cujo primeiro diretor artístico foi o lendário ator Laurence Olivier, em 1963.

Yazbek será o primeiro dramaturgo brasileiro a ter uma peça encenada no tradicional teatro inglês.

“The Ritual” foi escrito a partir de um convite do National Theatre, depois que o diretor do The Connections Festival (Festival Conexões), Anthony Banks, veio ao Brasil para buscar um dramaturgo que representasse o país.

Após conhecer vários autores – Yazbek foi apresentado a Banks pela atriz e tradutora brasileira Rachel Ripani –, e solicitar a cada um que escrevesse uma sinopse de uma história que gostariam de desenvolver, com temática jovem, Samir Yazbek foi o escolhido.

Assim como ele, outros nove autores, de várias nacionalidades, participam desta edição especial do Festival Conexões, tais como Paven Virk, Meera Syal, Craig Higginson, Nancy Harris, entre outros.

“The Ritual”, cuja primeira versão foi amadurecida após leitura com os atores da Companhia de Teatro Vizinho Legal, dirigida por Leandro Oliva, foi finalizado durante um workshop realizado com atores e diretores londrinos, em novembro de 2011, e encenado por cinco grupos ingleses, em temporadas que se iniciaram em março de 2012, sendo que a montagem do Rotherham College foi escolhida para se apresentar no National Theatre.

Trata-se de um tributo à nossa dramaturgia, por meio de um espetáculo que terá no National Theatre o impulso para temporadas futuras.

Yazbek é um dos autores de maior destaque na cena brasileira atual, tendo alguns de seus trabalhos reconhecidos na Espanha, Cuba, França, México, Portugal etc. Já ganhou o Prêmio Shell 1999 de melhor autor por “O Fingidor”, e o Prêmio APCA 2010 de melhor autor por “As Folhas do Cedro”. No momento está em cartaz com a peça “Fogo-Fátuo”, uma parceria com o ator Helio Cicero, da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou, a qual pertence.

A versão brasileira de “The Ritual”“O Ritual”, na verdade a versão original, já que o texto foi escrito em português e traduzido pelo dramaturgo inglês Mark O’Thomas –, será dirigida pelo próprio autor, e estreará em novembro de 2012, com um grupo de jovens atores da Escola Superior de Artes Célia Helena e do Teatro Escola Célia Helena.

Junto com a Cultura Inglesa, o British Council e o Colégio São Luís, o Célia Helena, desde 2007, organiza o Projeto Conexões, vertente brasileira da iniciativa inglesa, que já contou com textos de Bosco Brasil, Luis Alberto de Abreu, Mário Viana, Newton Moreno e Sérgio Roveri, entre outros.

Sinopse de "O Ritual"

A peça retrata os encontros de um grupo de adolescentes que, por motivos diversos e particulares, decide criar um ritual para promover relacionamentos despretensiosos, marcados pelo desprezo e pela indiferença, e desprovidos de qualquer tipo de envolvimento, apego ou afeição. Em reuniões semanais, os adolescentes praticam o desamor e relatam suas mais recentes conquistas. O grupo aclama com entusiasmo e incentivo os sedutores mais ardilosos. Por outro lado, o ritual prevê punições severas a quem não cumpre as regras estipuladas. No decorrer da trama, acompanhamos as dificuldades do grupo em se manter fiel aos princípios estabelecidos. As personagens adotam comportamentos inusitados e a história assume rumos surpreendentes, conduzindo-nos a uma fascinante reflexão sobre o papel do amor, do afeto, da confiança e da entrega nas relações com o outro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Santa Luzia promove 8ª edição de evento sobre Cafés Especiais

A programação traz várias degustações e ofertas, além de exposição especial de marcas de café e palestra grátis com Cleia Junqueira.

A oitava edição do evento Cafés Especiais na Casa Santa Luzia acontece entre os dias 18 e 30 de junho, no Mezanino da loja. A programação inclui várias atividades, entre elas degustações de diversas marcas, palestra grátis, ofertas e exposição especial dos cafés gourmets.

Esta iniciativa da Casa Santa Luzia - que possui um setor totalmente destinado aos cafés especiais com uma grande variedade de produtos - tem por objetivo apresentar ao consumidor os aspectos ligados à torrefação, moagem, embalagem e métodos de extração, colocando-o em contato direto com os fornecedores. O evento também se propõe a elucidar alguns aspectos sobre o consumo de cafés especiais, como: apreciar a variedade de sabores e identificar os tipos; o preparo caseiro; as características que tornam um café gourmet; harmonização com alimentos, entre outros.

Além de diferentes ofertas, a programação do evento Cafés Especiais na Casa Santa Luzia oferece, de terça-feira a sábado, degustações (10h às 19h) de várias marcas comercializadas na Casa. O preparo do café é feito pelo método filtrado em máquina BUNN, que mais se aproxima do modo adotado pelos clientes em casa.

No Café Santa Luzia, onde há periodicamente um rodízio de marcas, é o Café Orfeu que está em destaque neste período do evento. E no dia 27 de junho, (quarta-feira), às 15 horas, acontece a palestra Harmonização de Cafés e Bolos Caseiros com a barista e coordenadora do Centro de Preparação de Café do Sindicafe-SP, Cleia Junqueira. As inscrições (grátis) devem ser feitas antecipadamente pelo telefone (11) 3897-5000 ramal 5081, pelo e-mail mkt@santaluzia.com.br ou pessoalmente no Mezanino da loja.

As marcas de café que participam desta edição são: Astro, Baggio, Barisly, Baronesa, Bravo, Café do Centro, Cia. Orgânica, Coopinhal, Dolce Gusto, D’Oraggio, Floresta, Frossard, Imeltron, Korin, Madame D’Orvilliers, Mantissa, Native, Prima Qualitá, Santa Lúcia, Santa Mônica, Santo Grão, Suplicy, Toledo e Unique.

Cafés Especiais na Casa Santa Luzia é um evento organizado pelo Departamento de Marketing e pelo Serviço de Nutrição da Casa, este responsável, entre outras coisas, pelo atendimento personalizado e constante suporte ao cliente na escolha de produtos especiais. Este serviço é disponibilizado no Mezanino Santa Luzia, onde fica o setor de Cafés Especiais que abriga produtos altamente selecionados com grãos de qualidade, 100% arábica, procedentes do Sul do País e Cerrado de Minas Gerais, Mogiana, Paraná, Espírito Santo e Bahia, além das marcas importadas.

Nesta iniciativa a Casa Santa Luzia conta com a parceria das máquinas de café BUNN, Sindicafé-SP (Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo) e ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Programação - Cafés Especiais na Casa Santa Luzia

13/06 – segunda-feira
Ofertas e exposição especial de cafés gourmets (durante todo o evento).
Não haverá degustações nesse dia.
19/06 – terça-feira
Degustação (10h às 19h): Barisly e Coopinhal.
20/06 – quarta-feira
Degustação (10h às 19h): Baggio e Santa Lúcia.
21/06 – quinta-feira
Degustação (10h às 19h): Bravo e Cia. Orgânica.
22/06 – sexta-feira
Degustação (10h às 19h): Unique, Baronesa e Dolce Gusto.
23/06 – sábado
Degustação (10h às 19h): Santo Grão e Native.
26/6 – terça-feira
Degustação (10h às 19h): Santa Mônica e Frossard.
27/6 - quarta-feira
Degustação (10h às 19h): Floresta e Mantissa.
Palestra (às 15 horas, grátis): Harmonização de Cafés e Bolos Caseiros
Com Cleia Junqueira.
28/6 – quinta-feira
Degustação (10h às 19h): Prima Qualitá e Toledo
29/6 – sexta-feira
Degustação (10h às 19h): Café do Centro e Korin.
25/06 – sábado
Degustação (10h às 19h): Suplicy, Imeltron e Astro.

CASA SANTA LUZIA
Al. Lorena, 1471 – SP - Tel (11) 3897-5000 – www.santaluzia.com.br
Twitter - @casasantaluzia




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Crítica de "Francesca", por Maria Lúcia Candeias

AINDA SOMOS COMO NOSSOS ANTEPASSADOS
Márcio Bueno Dias, Ando camargo e
Tatyana Figueiredo - Foto Bob Sousa
Luis Alberto Abreu nos conta no programa da linda peça “Francesca”, escrita por ele depois de se emocionar com uma parte da “Divina Comédia” de Dante Alighieri, criada no final da idade Média e ainda antes do Renascimento. Quem assiste também se envolve com a trama: casal de filho e nora que não obedecem às ordens amorosas do pai. E a gente se espanta com a semelhança entre nós e as personagens divididas entre emoções e leis, como acontecia na época descrita, há cerca de setecentos anos atrás. Há no texto lindíssimas frases poéticas que Luis Alberto parece ter pinçado dos escritos de Dante, maravilhosas pela poesia e sabedoria que mostra que continuam atuais. Não dá pra não ver.
Não bastassem os acertos de Abreu e Dante, a direção de Roberto Lage (com assistência de Paulo Jordão) é maravilhosa tanto na condução dos dez atores (Tatyana Figueiredo, Márcio Bueno Dias, Renata Zhaneta, Maria do Carmo Soares, Ando Camargo, Marco Aurélio Campos, Fernando Petelinkar, Raquel Marinho, André Grecco e Rodrigo Ramos) que interpretam otimamente com destaque para Renata Zhaneta, como na da encenação. E não é à toa. Cenografia Heron Medeiros, Figurinos Fábio Namatame, Iluminação Wagner Freire, música Paulo Herculano. Todos premiados. É simplesmente inesquecível, corra pra lá.
Esse espetáculo e mais outros voltando à antiguidade, ou mesmo há séculos muito próximos como “De Um Ou De Nenhum” de Pirandello, dirigido por Eduardo Tolentino no Teatro Cacilda Becker, parecem apontar para uma nova tendência, não à fragmentação, sim, e mais importante ainda, ao fato de que “somos e vivemos como nossos pais”, e acrescento como nossos antepassados.
                      Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela UNICAMP
             

quinta-feira, 7 de junho de 2012

SESC Bom Retiro apresenta The Fairy Queen com o NUO


Montagem do Núcleo Universitário de Ópera traz nuances do cubismo e surrealismo para criação de Shakespeare e música de Herry Purcell.

O Núcleo Universitário de Ópera (NUO) estreia o espetáculo The Fairy Queen – Sonho de Uma Noite de Verão no dia 22 de junho, sexta-feira, no SESC Bom Retiro, às 20 horas, em São Paulo. A temporada segue até 1º de julho (com apresentações às sextas (às 20 horas), sábados (às 19 horas) e domingos (às 18 horas).

Com músicas de Henry Purcell e texto de William Shakespeare, esta semi-ópera tem direção geral e regência do maestro Paulo Maron, que é diretor e fundador do NUO. “Nesta versão de The Fairy Queen a direção de arte buscou inspiração nas estéticas do cubismo e do surrealismo para a encenação”, explica o diretor.

Henry Purcell (Londres, 1659-1695) é considerado um dos mais importantes compositores do período barroco e o maior compositor da Inglaterra. Escreveu várias obras para grupos orquestrais de câmara, óperas  e semi-óperas como é o caso de  The Fairy Queen (A Fada Rainha).

Em 1692, Purcell compôs essa obra para ser inserida numa adaptação da peça Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare. Sendo assim, esta obra de Purcell só pode ser compreendida dramaticamente se diretamente ligada à peça, pois muitas das canções são metáforas das cenas escritas por Shakespeare.

Nesta montagem do Núcleo Universitário de Ópera, os intérpretes são responsáveis por todos os âmbitos da encenação, diferentemente do que tem ocorrido em outras montagens mundo a fora. Tanto os personagens de Shakespeare quanto as canções de Purcell, além dos malabarismos, danças e acrobacias são protagonizadas pelos integrantes da Companhia.

O Núcleo Universitário de Ópera é reconhecido como o único grupo estável de ópera da América Latina especializado em encenar obras Gilbert e Sullivan. O NUO é também pioneiro no trabalho operístico com jovens universitários, vindos das mais diversas faculdades de música. O trabalho de formação artística vai além da música: os jovens estudam interpretação e são submetidos a uma preparação corporal específica, formando um grupo atuante com performance totalmente particular. Anualmente, duas montagens são realizadas com sucesso pela companhia em teatros lotados de São Paulo e da região.


Enredo

A história tem início no Palácio do Duque Teseu, que está prestes a se casar com Hipólita, a Rainha das Amazonas. Teseu rebece a visita do nobre Egeu que está indignado, pois sua filha, Hérmia, se recusa a casar com Demétrio, rapaz indicado por seu pai, e insiste na sua paixão por Lisandro, que não tem o apreço de Egeu. Teseu, então, avisa a Hérmia que, como consequência de seu desafio às leis, deve escolher entre se casar com Demétrio ou viver o resto da vida em um convento. Frente a isso, eles encontram em um bosque e planejam fugir.

Paralelamente, outra história acontece no bosque: Oberon e Titânia, respectivametne rei e rainha dos elfos e fadas, brigam pela posse de um jovem pagem. Oberon, irado, decide, com a ajuda de seu assistente Puck, fazer um feitiço para Titânia desistir da disputa e pede a ele que derrame o suco da  flor amor-perfeito sobre ela, quando estiver dormindo. O feitiço deve fazer com que, ela se apaixone pela primeira pessoa que olhar. Esse é o ponto de partida para uma das comédias mais criativas de Shakespeare, que nesta versão tem a incrível música de Purcell para enriquece-la ainda mais.

Ficha técnica
Semi-ópera: The Fairy Queen - Sonho de Uma Noite de Verão 
Música: Henry Purcell
Texto: William Shakespeare 
Direção: Paulo Maron
Com: NUO - Núcleo Universitário de Ópera
Preparação corporal: Marília Velardi
Coreografias: Wesley Fernandez e Marília Velardi
Produção: Paulo Maron
Coro do Núcleo Universitário de Ópera
Orquestra do Núcleo Universitário de Ópera
Elenco: Luis Fidelis - barítono (Lisandro); Natália Capucim - soprano (Hérmia); Caio Oliveira - tenor (Demétrio); Isabel Nobre - soprano (Helena); Vanessa Scorsoni - soprano (Titânia), Fabrício Branchini - baixo (Oberon); Gustavo Lassen  - baixo (Botton, o tecelão); André Estevez - tenor (Francys Flauta e Remenda Foles); Gulherme Priori - baixo (Quince, o carpinteiro); Rafael Salles - tenor (Snug, o marceneiro); Carlos Kozera - baixo (Snout, o caldeireiro); Murillo Vilas Boas - tenor (Teseu); Ales Scaranto - tenor (Egeu) e Angélica Menezes - mezzosoprano (Hipólita).

Serviço
De 22 de junho a 1º de julho – de sexta a domingo
SESC Bom Retirowww.sescsp.org.br
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos/SP – Tel: (11) 3332-3600
Horários: sexta (20 horas), sábado (19 horas) e domingo (18 horas)
Ingressos: R$ 24,00, R$ 12,00 e R$ 6,00 (disponíveis em toda Rede SESC)
Duração: 120 minutos – Classificação etária: 12 anos – Capacidade: 291 lugares
Possui acesso universal, ar condicionado e estacionamento.