terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O O Jovem Príncipe e a Verdade: peça contemporânea conjuga música e humor

Único texto infanto-juvenil de Jean-Claude Carrière tem direção de Regina Galdino.
 
O espetáculo musical infanto-juvenil O Jovem Príncipe e a Verdade estreia no dia 18 de janeiro, sábado, no Teatro Viradalata, com direção de Regina Galdino, às 16 horas. O texto inédito de Jean-Claude Carrière - ganhou música original, executada ao vivo, assinada por Fernanda Maia. A peça conta a história do Jovem Príncipe que, para se casar com sua amada, sai pelo mundo em busca da Verdade, acompanhado pelo engraçado Contador de Histórias.
 
Esta divertida comédia tem elenco afiado, formado por Gerson Steves, Daniel Costa, Leonardo Santiago e Amanda Banffy (que também assina a tradução da peça). A ficha técnica traz ainda Luis Rossi na cenografia, Fran Barros na iluminação, Rosângela Ribeiro no figurino e Henrique Benjamin na direção de produção.
 
O Jovem Príncipe e a Verdade é a única peça para crianças escrita por Carrière - autor francês contemplado com prêmios como Oscar, Molière e César por diversos trabalhos. É uma história baseada em "contos filosóficos" (não moralizantes) da tradição oral de todo o mundo. O autor ganhou fama por colaborar na escrita de Mahabharata, de Peter Brook, e de quase todos os filmes de Buñuel, inclusive Bela da Tarde e Discreto Charme da Burguesia.
 
Segundo a diretora Regina Galdino, o texto foi transformado em musical sem perder seu caráter filosófico e simbólico, nem o poder de síntese proposto pelo autor. “As músicas dialogam com o texto e as letras são inteligentes e divertidas”, comenta. Tarefa executada com primor por Fernanda Maia, profissional reconhecida pelos prêmios Shell e indicações no Femsa, entre outros.
 
O enredo ganha ritmo e descontração com músicas como “O Burro”, “O Príncipe”, “Ao Norte, ao Sul, a Leste e a Oeste” e “O Crocodilo”. Elas funcionam tanto para apresentar personagens, quanto para narrar a história, mostrar a passagem de tempo ou sublinhar as diferentes regiões por onde os personagens passam. Para acompanhar a interpretação dos atores, o espetáculo tem a participação de dois músicos: Rafa Miranda (no piano) e Flávio Rubens (no clarinete).
 
O enredo
 
A história de O Jovem Príncipe e a Verdade é inspirada, entre outros, em um antigo conto indiano (A Mentira da Verdade), sobre um príncipe que recebe a missão de encontrar a “Verdade” para poder se casar com a jovem que ama. Pronto para cumprir sua missão, o Jovem Príncipe (Leonardo Santiago) inicia uma viagem pelo mundo, sempre acompanhado pelo Contador de Histórias (Gerson Steves); este personagem foi inspirado no hilário Nasreddin Hodja, homem de grande senso de humor que viveu no Oriente Médio, contador de anedotas e que tinha sempre uma resposta na ponta da língua para todo o tipo de pergunta. Juntos, eles vivem incríveis aventuras em cada região por onde passam. 
 
Regina Galdino explica que “como Carrière cria a figura do ‘narrador’ (o Contador de Histórias) baseado na figura de Nasreddin Hodja e o ‘Jovem Príncipe’ tem origem em um conto indiano, os dois personagens foram mantidos no universo oriental. E eles passeiam pelas diferentes situações propostas no texto, atravessando diversas regiões e períodos históricos, misturando oriente e ocidente por meio do contato com os outros personagens”. 
 
O Jovem Príncipe, porém, não encontra uma definição simplista para a “Verdade”. O tema é tratado como uma surpreendente questão filosófica. Sua jornada é uma grande metáfora: um jovem em busca do amadurecimento, até se tornar um homem capaz de contar sua própria história. O espetáculo consegue, com maestria, provocar reflexão, curiosidade e muitas gargalhadas. E o final desta história está bem longe do típico “felizes para sempre” dos contos de fadas. O Jovem Príncipe e a Verdade promete surpreender.
 
Ficha técnica
Espetáculo: O Jovem Príncipe e a Verdade
Autor: Jean-Claude Carrière
Tradução: Amanda Banffy
Direção geral: Regina Galdino
Elenco: Gerson Steves (Contador de Histórias), Leonardo Santiago (Jovem Príncipe), Daniel Costa (diversos personagens), Amanda Banffy (diversos personagens), Rafa Miranda (piano) e Flávio Rubens (clarinete).
Direção musical e música original: Fernanda Maia
Cenografia e adereços: Luis Rossi
Figurino: Rosângela Ribeiro
Desenho de luz: Fran Barros
Direção produção: Henrique Benjamin
Assistente de direção: Renata Calmon
Produção administrativa/executiva: Fabio Hilst
Assistente de produção: Fernanda Lorenzoni
Operação de luz: Bianca Livonius
Contrarregras: Henrique Andrade e Tomé de Souza
Camareira: Cida Neves
Assistente de figurino: Kelciane campos
Execução de adereços: FCR Produções Artísticas
Costureiras: Vera Luz e Noeme COSTA
Fotografia: Erik Almeida
Design gráfico: João Maia e Tatiane Vesch
Serviço
Estreia: dia 18 de janeiro de 2014
Teatro Viradalata
Rua Apinagés, 1387. Perdizes/SP. Tel: (11) 3868-2535
Temporada: sábados e domingos - às 16 horas. Até 06/04
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00).
Gênero: infanto-juvenil. Duração: 60 min. Indicação de idade: 6 anos
Bilheteria: quarta (19h-21h), sábado (14h-21h) e domingo (10h-20h).
Ingressos antecipados: ingressorapido.com.br  (Tel: 4003-1212).
Aceita cartões - débito/crédito (MC, RC, V, VE). Não aceita cheques. 273 lugares.
Acesso universal. Ar condicionado. Estacionamento / vallet: R$ 15,00.
 
Jean-Claude Carrière – autor
 
Nascido na França, em 1931, Jean-Claude Carrière é premiado roteirista, escritor, diretor e ator do cinema francês. Foi colaborador frequente do diretor Luis Buñuel e, menos frequente, de Peter Book. Foi ainda presidente da La Fémis, escola cinematográfica do estado francês. Sua colaboração com Buñuel começou com o filme Diário de uma Camareira (1964), para o qual ele co-escreveu o roteiro e também interpretou o papel de um padre da aldeia. Mais tarde, Carrière colaborou com quase todos os roteiros dos seus filmes, Incluindo A Bela da Tarde (1967), O Estranho Caminho de São Tiago (1969), O Fantasma da Liberdade (1974) e Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977). Agraciado em diversas premiações, incluindo Oscar, César e BAFTA, ele escreveu ainda os roteiros de A Insustentável Leveza do Ser (1988), Cyrano (1990), Brincando nos Campos do Senhor (1991) e O Último Entardecer (1997). Colaborou com Peter Brook nas duas versões do antigo épico sânscrito Mahabharata. O Terraço foi indicado ao prêmio Les Molières, de melhor texto.
 
Regina Galdino - diretora
 
Regina Galdino é diretora teatral e atriz formada pela Escola de Arte Dramática - EAD/ECA/USP. Para o teatro lírico, dirigiu a ópera Idomeneo, de Mozart, no Teatro Municipal de São Paulo, com regência do maestro Rodolfo Fisher e, trabalhou com música erudita para o público infantil dirigindo os seguintes espetáculos, com autoria e interpretação de Andréa Bassitt: Operilda na Orquestra Amazônica, direção musical de Miguel Briamonte e camerata de seis músicos (indicado para seis categorias do Prêmio FEMSA 2013); A Flauta Mágica, o Maestro e a Feiticeira e Operilda na Ciranda de Villa-Lobos, regidos pelo Maestro João Maurício Galindo. Dirigiu O Barbeiro de Sevilha, de Clodoaldo Medina e O Carnaval dos Animais, de João Maurício Galindo, ambos com Cassio Scapin e também com regência de João Maurício Galindo. É uma das criadoras, junto com o maestro João Maurício Galindo e Cassio Scapin, da série Aprendiz de Maestro, onde dirigiu espetáculos de autoria de Andréa Bassitt para a série infantil TUCCA, por nove anos, na Sala São Paulo. Em teatro, entre outros, dirigiu; Intimidade Indecente, de Leilah Assumpção, com Irene Ravache e Marcos Caruso; As Pontes de Madison, de Robert James Waller, com Denise Del Vecchio e Marcos Caruso; As Turca, de Andréa Bassitt, com Cláudia Melo, Juçara Morais e Andréa Bassitt e Macbeth, de W. Shakespeare, com Evandro Soldatelli e Renata Zanetha. Dirigiu e adaptou o premiado Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, com Cássio Scapin. Dirigiu e é co-autora de Filhos do Brasil, Prêmio Shell/2000 de Melhor Música e As Favoritas do Rádio, com Andréa Bassitt e Luciana Carnielli, Premiado na Jornada SESC/94. Foi assistente de direção de Gianni Ratto e Myrian Muniz.

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