quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cineclube Araucária promove exposição de cartazes cinematográficos, Cinemúsica e Mostra Mestres da Música

Amadeus
No mês de julho, o projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão está com intensa programação. Todas as atividades são grátis. Entre os dias 1º e 29 de julho, realiza na sede da AMECampos (Associação dos Amigos de Campos do Jordão) a exposição Cinema Ilustrado – A Oitava Arte, uma homenagem aos artistas quase anônimos, ilustradores que produzem cartazes para a divulgação de obras cinematográficas. No evento de abertura da exposição (1/7, às 19h30) será exibido o filme Terra em Transe, de Glauber Rocha.

Entre os dias 21 e 24 de julho, de quinta a domingo, acontece o 6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão, também na sede da AMECampos, no qual projeções de clássicos da sétima arte são acompanhadas pelo requinte da música executada ao vivo por grandes artistas brasileiros. Participam desta edição os pianistas Newton Zago (Festival Carlitos), Airton Silva (Metrópolis), Sandra Tonin (curtas de Buster Keaton) e a cantora Maria Martha (Um Homem de Moral).

Completando a programação do mês, entre os dias 25 e 31 de julho, de quinta a domingo, acontece a Mostra Mestres da Música, no Espaço Cultural Dr. Além, que reverencia grandes nomes da música erudita com filmes biográficos da vida de compositores e cantores. Foram programados os longas À Noite Sonhamos (de Charles Vidor), O Arco Mágico (de Bernard Knowles), Amadeus (de Milos Forman), Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão (de Zelito Viana), Delírio de Amor (de Ken Russell), O Segredo de Beethoven (de Agnieska Holland) e Callas Forever (de Franco Zeffirelli), além do infantil O Senhor dos Anéis (de Ralph Bakshi).

O projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão é realizado com o apoio do Programa de Ação Cultural do estado de São Paulo – ProAC, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a AMECampos. Todos os eventos da programação do Cineclube Araucária têm entrada grátis.

Exposição: Cinema Ilustrado - A Oitava Arte
Visitação: segunda a sexta, das 10 às 18 horas, até 29/07

A exposição de cartazes produzidos por ilustradores cuja arte se destina à divulgação de obras cinematográficas é a fórmula encontrada pelo Cineclube Araucária para homenagear esses artistas, quase anônimo aos olhos do grande público apreciador da dita sétima arte, que se dedicaram à tarefa de transferir para o papel a expressão dos personagens e a essência das histórias criadas para as telas, com o objetivo de torná-las mais atrativas. Muitos, de fato, permaneceram anônimos, ainda que realizassem um trabalho de excelente qualidade técnica e artística. Outros entraram para a história como cartazistas de cinema. Há também aqueles que, mesmo tendo alcançado reconhecimento em outras áreas como a arquitetura e a pintura, se aventuraram com êxito na tarefa da comunicação visual para a divulgação de filmes nacionais, especialmente nas fases do Cinema Novo de Glauber Rocha, Rogério Sganzerla, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro e Ruy Guerra.

 “Por meio desta exposição, o Cineclube Araucária presta homenagem a esses artistas, muito pouco ou quase nada reconhecidos pelos cinéfilos, uma vez que raramente suas assinaturas são gravadas nas obras. Queremos que os ilustradores do Brasil sintam-se abraçados pela mostra que reúne trabalhos de Cândido Faria, Jayme Cortez, Rogério Duarte, José Luiz Benício, Fernando Pimenta, Jair de Souza, Claudio Marcelo Reis, Alê Abreu, Calazans Neto, Ziraldo, Carybé e Lina Bo Bardi”, declara o curador Cervantes Souto Sobrinho.

O registro desse trabalho começa exatamente no momento em que o cinema teve as primeiras sessões públicas, no final do século XIX, quando, em Paris, os irmãos Charles e Émile Pathé se preparavam para administrar o primeiro império do cinema europeu: a Maison Pathé, ainda que o seu único produto comercial fossem os filmes produzidos pelos irmãos Lumière. Eles contrataram um pequeno ateliê de desenhos publicitários, localizado no bairro de Montmartre, reduto de artistas do porte de Toulouse-Lautrec, Alphonse Micha e Jules Chéret, conhecido como Les Affiches Faria, mantido por um certo Cândido Faria, brasileiro nascido em Sergipe que se estabelecera em Paris com a pretensão de se tornar ilustrador dos cartazes de famosas casas de espetáculos da época. Foi, portanto, Cândido de Faria, cujo trabalho está representado na exposição, o precursor, para não dizer o primeiro artista, a se dedicar exclusivamente à criação de cartazes para o cinema. Coincidência, ou mero capricho do destino, hoje outro brasileiro da Bahia, Claudio Marcelo Reis, destaca-se no mesmo segmento das artes visuais, criando, para todo o mundo, o material de divulgação das produções dos estúdios Disney e Pixar.

6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão
De 21 a 24 de julho. Quinta a domingo

Newton Zago
Desde que, há quase 50 anos, Campos do Jordão passou a sediar o maior evento artístico-pedagógico no âmbito da música erudita na América Latina, a cidade, em meio à natureza exuberante, passou a respirar e transpirar música de qualidade, especialmente no período em que acontece o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Lincado com todas as manifestações artísticas, educacionais e sociais que acontecem na região da Mantiqueira, o Cineclube Araucária também, desde a sua criação em 2011, realiza eventos diretamente relacionados à história da criação musical de grandes compositores. O Encontro Cinemúsica, que chega à sexta edição em 2016, é apenas um bom exemplo. Desde 2013, o programa do Cinemúsica inclui a projeção de filmes com acompanhamento musical simultâneo, ou seja, com trilha sonora executada ao vivo. A parceria estabelecida entre o Cineclube Araucária e a Associação dos Amigos de Campos do Jordão permitiu que o evento fosse realizado em alto estilo, pela possibilidade de utilização do piano Gran Concerto, disponível na sede da AMECampos.

Programação
Cinemúsica na AMECampos

Dia 21/07 (quinta) - às 19h30
Festival Carlitos, de Charles Chaplin.
Com trilha sonora ao vivo pelo pianista Newton Zago.

Dia 22/07 (sexta) - às 19h30
Metrópolis, de Fritz Lang. Alemanha. 153’. Livre.
Com trilha sonora ao vivo pelo pianista Airton Silva.

Dia 23/07 (sábado) - às 19h30
Um Homem de Moral, de Ricardo Dias.
Com prólogo musical pela cantora Maria Martha.

Dia 24/07 (domingo) - às 18h00
Curtas de Buster Keaton, de R. Arbuckle, Eddie Cline e Buster Keaton.
Com trilha sonora ao vivo pela pianista Sandra Tonin.

Programação
Mostra Mestres da Música no Espaço Cultural Dr. Além
De 25 a 31 de julho. Segunda a domingo

   O Segredo de Beethoven                                           Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão
 

25/07 (segunda) - às 19h30
À Noite Sonhamos (A Song to Remember)
De Charles Vidor. EUA. 1945. 109'. 14 anos.
Cinebiografia de Frédéric Chopin.

26/07 (terça) - às 19h30
O Arco Mágico (The Magic Bow)
De Bernard Knowles. UK. 1946. 99'. 12 anos.
Cinebiografia de Niccolò Paganini.

27/07 (quarta) - às 19h30
Amadeus (Amadeus)
De Milos Forman, EUA / França. 1984. 152'. Livre.
Cinebiografia de Wolfgang Amadeus Mozart.

28/07 (quinta) - às 19h30
Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão
De Zelito Viana. Brasil. 2000. 128'. 14 anos.
Cinebiografia de Heitor Villa-Lobos

29/07 (sexta) - às 19h30
Delírio de Amor (The Music Lovers)
De Ken Russell. UK. 1970. 120'. 16 anos.
Cinebiografia de Pyotr Tchaikovsky.

30/07 (sábado) - às 19h30
O Segredo de Beethoven (Copying Beethoven)
De Agnieska Hlland. EUA / Hungria. 2006. 104'. 10 anos.
Cinebiografia de Ludwig Van Beethoven.

31/07 (domingo) - às 18h00
Callas Forerver (Callas Forerver)
De Franco Zeffirelli. Itália / França / Romênia. 2002. 108'. Livre.
Cinebiografia de Maria Callas.

MATINÊ - 31/07 (domingo) - às 15h00
O Senhor Dos Anéis (The Lord of the Rings)
De Ralph Bakshi. UK. 1978. 128'. Livre.


Serviço / julho

Projeto: Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão

Exposição: Cinema Ilustrado - A Oitava Arte
Abertura: 1º de julho. Sexta, às 19h30
Local: AMECampos
Rua Dr. Reid, 68. Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Visitação: segunda a sexta, das 10h às 18h. Até dia 29/07
Grátis. Informações: Tel: (12)3662-5511 e 3662-2611

Cinema e música: 6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão
De 21 a 24 de julho. Quinta a domingo
Local: AMECampos
Rua Dr. Reid, 68. Abernéssia.
Horários: quinta a sábado (às 19h30) e domingo (às 18h)
Grátis. Informações: Tel: (12) 3662-5511 e 3662-2611

Cinema: Mostra Mestres da Música
De 25 a 31 de julho. Segunda a domingo
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Dr. Januário Miráglia, 1582. Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Horários: quinta a sábado (às 19h30) e domingo (às 15h e 18h)
Grátis. Informações: (12) 3664-2300


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Floema, de Hilda Hilst, prorroga temporada até 5 de julho no Viga Espaço Cênico

 Link do teaser do espetáculo: https://www.youtube.com/watch?v=w1nzcCrgEbo
  
Previsto para terminar no dia 29 de junho, o espetáculo Floema – em cartaz no Viga espaço Cênico - prorroga sua temporada até o dia 5 de julho, terça-feira, às 21 horas. O texto é uma adaptação do diretor Donizeti Mazonas  para texto contido no livro Fluxo-Floema, de  Hilda Hilst.

Nesta obra de ficção ocorre o embate entre o Homem e Deus, onde um evoca o outro: o Homem quer as respostas e Deus lhe oferece as lacunas. As personagens são interpretadas, respectivamente, por Flavia Couto e Maurício Coronado. A cenografia é assinada pela artista plástica Suiá Burger Ferlauto.

Em Floema estamos diante do criador e sua criatura em uma tentativa de diálogo. Koyo, o Homem, carrega o peso do conhecimento, o peso de saber que a essência divina na verdade é puro pó e, assim mesmo, aceita a vida e busca um sentido para ela. Seu desejo é tocar a espessura de Deus (Haydum), mas, ao fazê-lo, só encontra o vazio, o nada, o deserto ao seu redor. Koyo sobe todos os dias até o alto de uma montanha e lá fica em sua solidão, esperando respostas, tentando enxergar a face divina. Sua incansável busca por Deus não é pacífica, é árdua. Koyo não possui essa serenidade dos teólogos, mas sim o desconforto dos filósofos. Ele clama, blasfema, e fracassa. Não há resposta concreta, só as lacunas. Haydum, no entanto, em seu monólogo, afirma que nada sabe do homem, e que mesmo quando descansa sofre da angústia de ser.  Haydum-Deus, também  tenta compreender o homem e o mundo que criou para este.

Donizeti Mazonas explica que a peça já começa com as personagens no limite da ação. “Não há desenvolvimento de enredo, o auge é já está lá, no início. A encenação ocorre em dois planos, um vertical onde está Koyo-Homem, preso a um pau-de-sebo (tranças douradas) e outro horizontal, onde está Haydum-Deus, no chão em meio a uma espiral feita com terra (palmas de mãos postas enfileiradas).

A cenografia, criada a partir de uma instalação “Duas Palmas” de Suiá Ferlauto, representa o cerco do confinamento, onde o barro é elemento fundamental dentro imagem arquetípica da concepção humana: “do barro fez se o homem” (Genesis). Outros elementos primitivos reforçam a simbologia da peça: o cerco representa a limitação da existência e o pau-de-sebo, o elo entre o divino e o humano.


De caráter performático, Floema explora os recursos do corpo e da voz dos atores com forte interação do teatro com a dança e com as artes plásticas, tendo as personagens sempre em local de não estabilidade, como se um fosse extensão do outro. “O Deus de Hilst não vive no alto, está mais próximo do grotesco que do sublime. Suas divindades são mais dionisíacas que apolíneas”, argumenta Donizeti. O próprio termo “floema” significa, em botânica, fluidos de cima para baixo.

A constatação da morte é avassaladora para koyo. Floema permeia a loucura questionadora e transgressora do homem em sua condição bestial de condenado que recusa se adaptar à inevitável finitude da matéria. Segundo o diretor, a sensação de confinamento é uma provocação à reflexão sobre a liberdade, sobre as opções do homem em um mundo construído por ele mesmo com paliçadas. O texto não aponta soluções, pois o conflito surge da recusa da personagem em se enquadrar aos limites de sua vida ordinária; pelo contrário, Koyo se depara com o abissal: sua natureza dual – divina e animal.

Para abarcar toda a densidade e poesia dessa obra-prima de Hilst, escrita em 1970, e seus potentes jogos de linguagem, solilóquios incomunicáveis entre si, o diretor e os atores expõem a necessidade de trazer a palavra para a carne, pois a escrita hilstiana pede corpo, pede vísceras, e a dramaturgia corporal tem que ser integrada ao texto. O espetáculo busca traduzir cenicamente o trânsito entre estilos e gêneros no qual escritora construiu sua obra, apontando para um formato que não se molda aos parâmetros da cena dramática convencional, mas que se instaura no limite entre os gêneros.

O projeto Floema – que nasceu do encontro de Flavia, Donizeti e Maurício, incansáveis pesquisadores da obra de Hilda Hilst, e do ensejo de realizar um espetáculo que unisse as dramaturgias do corpo e texto – foi viabilizado com o apoio do ProAc, Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Ficha técnica

Texto: Hilda Hilst
Adaptação e direção: Donizeti Mazonas
Elenco: Flavia Couto e Maurício Coronado Cenografia: Suiá Burger Ferlauto
Figurinos: Donizeti Mazonas
Música original: Gregory Slivar
Designer de iluminação: Hernandes de Oliveira
Produção executiva: Flavia Couto e Maurício Coronado
Produção: Maya Produções
Apoio: ProAc

Serviço

Viga Espaço Cênico (sala: Piscina)
Rua Capote Valente, 1323. Sumaré/SP. Tel: (11) 38011843
Ingressos: R$ 40 (meia: R$ 20)
Temporada: segunda a quarta, às 21 horas. Até dia 5/7.
Gênero: Drama. Classificação etária: 14 anos. Duração: 55 min.
Capacidade: 40 lugares. Bilheteria: 1h antes das sessões.
Aceita cheque e dinheiro. Ar condicionado. Venda online.
Não possui estacionamento. http://www.viga.art.br/

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Luque Barros e Evandro Camperom mostram CDs autorais na Serralheria

Luque por Fernando D. Caldas 
Cantores, compositores e instrumentistas, Luque Barros e Evandro Camperom apresentam-se no dia 30 de junho (quinta-feira), na Serralheria Espaço Cultural, na Lapa. A partir das 21h a casa abre para o público. Luque toca às 22 horas e, na sequência, Evandro sobre ao palco, às 23 horas.

Luque Barros mostra seu primeiro CD solo, Muito Pouco Menos Mais (selo Sete Sóis), com participação especial da cantora Elaine Guimarães (Ela Solo Amore). Além de canções autorais registradas no disco, como “Jogo de Vaidade”, “História Sem Fim”, “Ando Bem Ligado”, “Muito Pouco Menos Mais” e “Nada Passa”, o gaúcho interpreta outros compositores, entre eles Vitor Ramil e Roberto Carlos.

Evandro / divulgação
O pernambucano Evandro Camperom apresenta músicas de seu segundo disco, Ferramenta Quente, tendo participação especial de do artista plástico Daniel Nasser em uma intervenção durante a apresetnação. No set list, composições como “Samba Pra Ela”, “O Último Cantor”, “Lábia” e “Campolina”, entre outras. A noite reserva ainda números musicas com os dois artistas, interpretando juntos algumas de suas parcerias.

Os shows de Luque Barros (voz e contrabaixo) e Evandro Camperom (voz e violão) têm participação dos músicos Daniel Brita (trombone), Caio Lopes (bateria) e Fabá Jimenez (guitarra).

Serviço

Show: Luque Barros e Evandro Camperom
Dia 30 de junho. Quinta-feira, às 21 horas
Duração: 60 min (cada). Classificação: 18 anos
Serralheria Espaço Cultural
R. Guaicurus, 857 - Lapa/SP. Tel: (11) 2592-3923
Abertura da casa: 21h. Ingressos: R$ 20,00
Ar condicionado. Acessibilidade. Capacidade: 240 lugares.
Lista amiga: R$ 15,00 (reservas pelo luquebarros@gmail.com)

terça-feira, 21 de junho de 2016

Lula Barbosa, Carlos Careqa e Kleber Albuquerque cantam Taiguara e Vandré no Sesc Campo Limpo

No dia 25 de junho (sábado, às 20h), três artistas – cantores, compositores e instrumentistas - dividem o palco do Sesc Campo Limpo para apresentar o show A Arte da Sutileza. Trata-se de do paulistano Lula Barbosa, do andreense Kleber Albuquerque e do catarinense Carlos Careqa.

O espetáculo (grátis)  integra o projeto Canções de Resistência da América latina que apresenta a música a serviço da contestação, afinada ao desejo de uma América Latina solidária, reunindo obras e artistas que utilizam a arte como posicionamento. Em junho, já se apresentaram Raíces de América, Tarancón e Miriam Mirah.

A Arte da Sutileza reúne o repertório de dois artistas brasileiros contestadores - Geraldo Vandré e Taiguara. Ambos são compositores e cantores representativos da época mais aguda da ditadura militar do nosso país. Lula, Careqa e Kleber pretendem mostrar as variadas facetas de suas obras, do engajamento total às sutilezas de quem precisava driblar a violenta censura da época para continuar produzindo sua arte.

Entre as canções de Vandré que compõem o roteiro do show, destaque para "Disparada", "Prá Não Dizer Que Não Falei das Flores” (Caminhando)”, "Requiém Para Matraga" (Vim Aqui Só Prá Dizer...) e "Porta Estandarte". Das obras de Taiguara, o repertório traz  “Hoje”, "Que As Crianças Cantem Livres", "Mudou" e "Teu Sonho Não Acabou", entre outras. Os artista prometem números musicais solos, em duo e em trio.

SERVIÇO

Show: Lula Barbosa, Kleber Albuquerque e Carlos Careqa.
Em A Arte da Sutileza
25/06. Sábado, às 20h
Sesc Campo Limpo
R. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120. Campo Limpo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
Grátis. Classificação: Livre. Duração: 60 min.
Local: Área externa. Capacidade: Indeterminada
sescsp.org.br/campolimpo
facebook.com/sesccampolimpo | twitter.com/sesccampolimpo

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ricardo Cantaluppi apresenta ciclo de palestras sobre negócios ligados à música na atualidade

Música: Desafios da Transformação

O músico e produtor Ricardo Cantaluppi ministra, a partir do dia 12 de Julho, o ciclo de palestras Música: Desafios da Transformação – Um Panorama dos Negócios de Música na Atualidade no auditório da Livraria da Vila, da Rua Fradique Coutinho.

Dentre os temas a serem abordados estão o histórico resumido da evolução dos negócios de música, a importância da construção e adoção de um vocabulário específico em negócios de música e de um pacote mínimo de conhecimento sobre o mercado. Neste mesmo mote o produtor traz para as palestras algumas reflexões sobre as importantes mudanças no eixo de produção musical e na distribuição e comercialização – mudanças ocorridas de modo radical nas duas últimas décadas. O ciclo completo de palestras – apresentado em quatro módulos - aborda também as opções de habilitação profissional em entretenimento; faz a conexão entre a lei do direito autoral e os processos de monetização da música, e uma análise reflexiva sobre o ambiente que envolve a música.

O músico Ricardo Cantaluppi atua há 38 anos como produtor musical, coordenador de A&R (artista e repertório), diretor e roteirista de shows musicais, diretor de produção de filmes musicais (DVDs), projetista e diretor de artes na criação de embalagens de produtos fonográficos e videofonográficos. Trabalhou como produtor musical e gerente de A&R, respectivamente, nas gravadoras Polygram (atual Universal) e Abril Music;  como coordenador de A&R e diretor de artes na Deckdisc,e na Kuarup Música - editora de livros e de música, gravadora e distribuidora -, como Diretor de Operações.

PROGRAMAÇÃO
Música: Desafios da Transformação – Um Panorama dos Negócios de Música na Atualidade

Módulo 1 - Dia 12 de julho, terça-feira, das 19h30 às 21h
Intangível, tangível e portável: a evolução dos negócios de música

Módulo 2 - Dia 19 de julho, terça-feira, das 19h30 às 21h.
Sistemas, Redes, Viewpoint e as melhores práticas em gestão de projeto

Módulo 3 - Dia 26 de julho, terça-feira, das 19h30 às 21h.
Players & stakeholders: habilitação profissional e a legislação brasileira

Módulo 4 - Dia 02 de agosto, terça-feira, das 19h30 às 21h.
Monetização e Indisciplina

Serviço

Público-alvo: Músicos, intérpretes, produtores musicais, produtores culturais ligados à área musical, profissionais e estudantes de Comunicação Rádio, TV e Cinema.

Inscrições: As inscrições podem ser feitas através do Sympla: www.sympla.com.br/música-desafios-da-transformacao. Valor do curso: R$ 200,00

Livraria da Vila
Rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena
Dias 12, 17 e 24 de julho e 2 de agosto, das 19h30 às 21h.

Contato
Ricardo Cantaluppi
(11) 94759-5151

terça-feira, 14 de junho de 2016

Arte Simples de Teatro faz sessão extra de UTOPIA em Heliópolis

Devido ao sucesso da temporada e à grande procura por ingressos, o espetáculo Utopia, do Grupo Arte Simples de Teatro, tem apresentação extra no dia 19 de junho, domingo, às 16h. A entrada é grátis – mediante reserva pelo reserva@artesimples.com.br. O bairro de Heliópolis é palco para a encenação, que acontece em ruas, becos, vielas e lajes da comunidade.

As personagens foram extraídas de relatos de moradoras do bairro e tem como suporte dramatúrgico a imersão em obras de Ítalo Calvino (As Cidades Invisíveis) e Bertolt Brecht (Mãe Coragem e Ópera dos Três Vinténs). O fio temático que interliga as histórias é a busca pela vida ideal, pelo lugar ideal - uma cidade, um bairro, uma casa.  

O espetáculo é dirigido por Tatiana Rehder e Tatiana Eivazian, integrantes do grupo formado só por mulheres, com 10 anos de fundação e sete de atuação em Heliópolis. A dramaturgia é assinada conjuntamente por Verônica Gentilin e pelo Arte Simples. O elenco é formado pelas atrizes Andrea Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce e Marília Miyazawa.

Desde 2013, a companhia vem percorrendo ruas, frequentando casas e movimentos sociais locais em busca de uma realidade pouco dramatizada, traçada entre a arquitetura local e a vida real dessas pessoas. “Não queremos dar uma conotação poética e romântica para a comunidade, mas mostrar o abandono dessas mulheres, sua força e independência para, diante das dificuldades e tragédias, dar a volta por cima, tocar a vida e cuidar dos filhos”, comenta Tatiana Rehder.

Utopia traz relatos de ficção documental, tendo a personagem Paulo Luz (Marcela Arce) permeando todo o trajeto com sua escada e seus equipamentos. Os fios que ele carrega são simbólicos nesse entrelaçado de histórias. “Histórias que até parecem teatro”. O técnico da companhia de luz vai interligando uma história à outra, como os “gatos” que ligam as casas do bairro.

As histórias vão surgindo pelo caminho. Ruth (Eugenia Cecchini) não gosta de morar em Heliópolis, quer ir embora para Utopia. Drica (Isadora Petrin) é uma menina que sonha em ser jogadora de futebol sem apoio do pai. Salete (Andrea Serrano) é analfabeta e quer ser cantora; escreve as letras das músicas em forma de desenho. Mãe Coragem (Andréa Serrano) ouviu da polícia que tinha duas escolhas: atirar ela mesma no filho infrator ou deixá-lo morrer cruelmente nas mãos deles, e ela abreviou o sofrimento do filho (esta história surgiu no momento em que o Grupo Arte Simples estudava o texto Mãe Coragem, de Brecht).

Rita (Marília Miyazawa) conta como levou uma facada do marido durante a final da Copa do Mundo de 1994; seus gritos de socorro eram confundidos com gritos de gol. Claudinha (Marcela Arce) vende crianças e Artificial (Isadora Petrin) vende fama: personagens inspirados na Ópera dos Três Vinténs, na qual o personagem esmolava e vendia coisas para sobreviver. Maria do Socorro (Isadora Petrin) pariu nove filhos, somente três “vingaram”; ela conta que falava para Deus: “se for seu, leva; se for meu, dê condição de eu criar”. Nise (Marília Miyazawa), que se casou pela primeira vez aos 13 anos, tem a vida marcada por sofrimentos, os filhos foram “abusados, mas ela sempre se levanta e segue em frente. Com exceção de Claudinha e Artificial, todas as outras personagens são histórias reais de mulheres de Heliópolis.

Segundo Tatiana Eivazian, “o livro de Ítalo Calvino tem grande identificação com Heliópolis, comunidade que transcende a definição de cidade, seja na geografia, na arquitetura ou na forma de se organizar”. Ela explica que Utopia não deixa de lado o olhar ingênuo e simples da comunidade ao mostrar que a busca pelo ideal é de todos, que cair é fácil, mas é preciso se levantar. “Para ser leve, é preciso ser forte. Como diz Calvino, o inferno vai estar sempre aqui, temos que encontrar os respiros”. Reflete a diretora.

O espetáculo Utopia faz parte do projeto Teatro na Lage, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.

Ficha técnica

Espetáculo: Utopia
Com: Grupo Arte Simples de Teatro
Direção: Tatiana Rehder e Tatiana Eivazian
Elenco: Andrea Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce e Marília Miyazawa
Dramaturgia: Grupo Arte Simples de Teatro e Verônica Gentilin
Figurino: Kleber Montanheiro
Preparação corporal: Antonio Salvador
Supervisão musical: Adilson Rodrigues
Músicas originais: Adilson Rodrigues e Grupo Arte Simples de Teatro
Produtor articulador: Daniel Gaggini / MUK
Produção executiva: Andrea Serrano e Tatiana Rehder
Contrarregra / assistência de produção: Larissa Souza
Fotografias: Cacá Bernardes
Teaser divulgação: Bruta Flor - direção: Bruna Lessa; câmera: Cacá Bernardes
Design gráfico: Eugenia Cecchini
Redes sociais: Luh Moreira
Carro de som: Ary da Costa / A&A Musical
Casas / cenários: Tony Cabelereiro, Casa do Divino, Loja da Lúcia, Casa da Quitéria, Laje da Ana, Bar Mandacaru, Casa da Tereza, Casa da Francisca e Laje da Fran
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Produção geral / realização: Grupo Arte Simples de Teatro
Apoio: Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz
Teaser/UTOPIA - https://www.youtube.com/watch?v=hp4CXBKUAHk (neste vídeo os textos que as atrizes dizem são falas de suas respectivas personagens)

Serviço

Local: saída do CEU Heliópolis (pátio) - Itinerante
Av. Estrada das Lágrimas, 2385. Heliópolis/SP
Apresentação extra: dia 19/6 (domingo, às 16h)
Ingressos: Grátis. Duração: 100 min. Classificação: Adulto (livre). Gênero: Drama
Informações: (11) 96848-6554. Capacidade: 20 pessoas
Transporte grátis: Van disponível na Estação Sacomã do Metrô (R. Silva Bueno) - até o local da apresentação. Reservas pelo (11) 96848-6554 ou reserva@artesimples.com.br.
Recomendação: usar sapatos confortáveis. Em caso de chuva não haverá apresentação.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Letícia Persiles lê Ariano Suassuna no projeto Leitores do Sesc Campo Limpo

Leitores já recebeu Arrigo Barnabé, Alice Ruiz e Ferréz. Até novembro, Leonardo Medeiros,
Mário Bortolotto, Alexandre Nero, Ângela Dip e Zeca Baleiro participam das noites de leitura.

O projeto leitores do Sesc Campo Limpo apresenta Letícia Persiles no dia 30 de junho (quinta, às 20h). A atriz e cantora faz leitura de poemas diversos do escritor paraibano Ariano Suassuna (1927-2014). O evento (grátis) tem curadoria conjunta da Equipe Sesc Campo Limpo e Carlos Careqa, cantor, compositor e ator que assina também a direção artística.

Leitores, que teve início em maio e segue até novembro, promove leituras e interpretação de obras selecionadas, clássicos internacionais e contemporâneos brasileiros por personalidades literárias e artísticas. Os textos dos encontros foram selecionados pelos próprios convidados, entre os autores e obras de suas preferências, podendo ser de escritos de própria autoria.

Letícia Persiles fala sobre sua escolha por Suassuna - "Por volta dos anos 2004, 2005, quando cursava Produção Cultural na UFF, comecei a estudar e me encantar pelos movimentos Sebastianistas no Brasil. Comecei a ler sobre Dom Sebastião, a 'Batalha de Alcácer-Quibir' e a 'Pedra do Reino', local aonde cheguei não só pelos livros, mas com meus próprios pés. Lá chegando, meu grande encontro não foi com o Encoberto, El-Rei Dom Sebastião, mas sim com um 'Bardo Peregrino' com seu 'Canto de fogo e do Divino, de Arcanjos, pedra e Luz', nosso Gênio da Raça, Ariano Suassuna. Seus textos, suas histórias, livros, poemas, me conduziram com fervor para dentro desse universo, de onde nunca mais saí por inteira. Por isso eu escolhi seus poemas para fazer esta leitura".

Com programação fechada até novembro, o Leitores recebeu, em maio, o músico e compositor Arrigo Barnabé que inaugurou a programação com Dante Alighieri e sua universal A Divina Comédia, a curitibana Alice Ruiz, que leu textos diversos de sua vasta obra poética, e Ferréz, autor da periferia de São Paulo, que fez imersão em alguns de seus livros. Outros convidados ilustres participam do projeto nos próximos meses: Leonardo Medeiros lê Fernando Pessoa (20/7), Mário Bortolotto lê Charles Bukowsky (25/8), Alexandre Nero lê Dalton Trevisan (29/9), Ângela Dip lê Adélia Prado (27/10) e Zeca Baleiro lê Hilda Hilst (24/11).

Letícia Persiles

Letícia Persiles é atriz, cantora e compositora. Começou a fazer teatro de rua aos 11 anos, foi a voz, o pandeiro e as castanholas da banda Manacá, os olhos de ressaca na minissérie Capitu e a protagonista da novela Amor Eterno Amor, da Rede Globo. Mais recentemente, interpretou a personagem Carla na minissérie A Segunda Vez (Canal Multishow), baseada no livro A Segunda Vez que Te Conheci de Marcelo Rubens Paiva. Atualmente, apresenta o show Letícia Persiles e o Cabaré do Xote Moderno, além de continuar divulgando seu disco solo As Cartas de Amor e Saudade.

SERVIÇO

Projeto: Leitores
Letícia Persiles lê Ariano Suassuna
30 de junho. Quinta, às 20h
Grátis. Livre. Duração: 60 minutos. Capacidade: 80 lugares.

Próximas datas / LEITORES 
20/07 – Leonardo Medeiros (lê Fernando Pessoa)
25/08 – Mário Bortolotto (lê Charles Bukowsky)
29/09 – Alexandre Nero (lê Dalton Trevisan)
27/10 – Ângela Dip (lê Adélia Prado)
24/11 – Zeca Baleiro (lê Hilda Hilst)

Sesc Campo Limpo
Horário/Unidade: Terça a sábado - 13h às 22h. Domingos - 11h às 20h
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São Paulo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
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