segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ExCompanhia de Teatro lança (dia 31/1) aplicativo com dramaturgia em áudio 3D para celulares

O Enigma Voynich - grafite digital de Achiles Luciano
Bernardo Galegale e Gustavo Vaz criam a primeira série brasileira em áudio binaural (3D) e grafite digital: “teatro” em forma de seriado para ser ouvido.

A ExCompanhia de Teatro, fundada e dirigida por Bernardo Galegale e Gustavo  Vaz, comemora cinco anos de história e lança pela Internet um aplicativo gratuito: O Enigma Voynich, que leva a dramaturgia do palco para os celulares. O evento de lançamento acontece no dia 31 de janeiro (terça-feira, às 19h), na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, com apresentação e demonstração do projeto, bem como conversa informal com o público.

Logo após o evento (às 22h), o aplicativo - compatível com os sistemas iOS e Android - será disponibilizado para maiores de 16 anos. O Enigma Voynich mistura narrativa ficcional, grafite digital e áudio 3D: as cenas devem ser vivenciadas com os olhos fechados, utilizando fones de ouvido.

O audioespectador acompanha a aventura como se estivesse “dentro da dramaturgia”, vivenciando a trama, sempre em primeira pessoa, ao se transformar no personagem José, historiador especialista no manuscrito Voynich – um livro ilustrado misterioso, indecifrável, escrito há mais de 600 anos. José se envolve em uma detetivesca trama sobre a decodificação do manuscrito ao mesmo tempo em que descobre estar perdendo a memória, encarando emocionantes situações de ação e suspense. A história se passa ao longo de 32 anos da vida do personagem central (de 1983 a 2015).

A série foi produzida utilizando a tecnologia de áudio binaural que recria a sensação de tridimensionalidade do espaço, possibilitando ao ouvinte a percepção das cenas com profundidade sonora realista, simulando um acontecimento ao vivo ao reproduzir os sons de forma idêntica à própria captação pelo ouvido humano. A direção de produção sonora ficou sob a batuta do músico e produtor de som Gabriel Spinosa.

O primeiro contato com O Enigma Voynich é visual, a partir de desenhos em grafite digital que situam o local onde a ação transcorre e mostram a posição em que a cena deve ser escutada – de pé, sentado, deitado.  Esses desenhos foram criados especialmente para o projeto pelo artista visual Achiles Luciano. 

No transcorrer do audioseriado, algumas cenas só podem ser acessadas em bibliotecas municipais, como a Mário de Andrade, a Sérgio Milliet (no CCSP) e a Viriato Correia. É preciso ir pessoalmente ao local para continuar acompanhando a série. Nesse caso, o aplicativo usa uma ferramenta de geolocalização para desbloquear os episódios, automaticamente.

A ExCompanhia de Teatro promete sensações quase reais ao público que decidir vivenciar a trama de O Enigma Voynich na pele de José: experiências diversas como ser atingido por socos, tiros, ter relações sexuais e trocar beijos na boca com outra personagem, perder a consciência enquanto é levado para o hospital, ser submetido a uma cirurgia, sofrer a ameaça de cães raivosos, dentre muitas outras, além de passar por momentos históricos do Brasil como as Diretas Já, a Copa de 1990 e o massacre do Carandiru. 

Conceitualmente, o projeto propõe discussão sobre a excessiva transferência da memória humana para o universo digital, a partir de um constante registro de experiências diárias em vídeos e fotos, diminuindo diretamente a vivência da própria experiência enquanto ela acontece. Além disso, o formato inédito da obra propõe a divisão da ideia do audiovisual em duas partes para que o público, por conta própria, una som e imagem usando a imaginação.

Após o lançamento do aplicativo, a ExCompanhia de Teatro promoverá, no mês de fevereiro, uma oficina gratuita de grafite digital com o Achiles Luciano, no Teatro do Centro da Terra.

O aplicativo O Enigma Voynich é resultado do projeto Audiodrama Seriado, viabilizado pelo Edital ProAC 2015 - Artes Integradas da Secretaria de Estado da Cultura.

O manuscrito Voynich

Guardado na Biblioteca da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o Voynich é um manuscrito real, que imagina-se ter sido escrito há, aproximadamente, 600 anos por um autor até hoje desconhecido. Na sua construção foi utilizado um sistema de escrita não identificável, uma linguagem ininteligível, por isso é conhecido como "o livro que ninguém consegue ler". Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de estudo de muitos criptógrafos, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos na época da Segunda Guerra Mundial, sem êxito. Esta sucessão de falhas lhe rendeu fama na história da criptografia, mas também contribuiu para a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado, uma sequência arbitrária de símbolos. Ainda assim, existem hipóteses de que o manuscrito possa ter sido um dos primeiros trabalhos de Leonardo da Vinci, que carrega o segredo da vida eterna, ou até mesmo de que tenha sido feito por mãos alienígenas.

ExCompanhia de Teatro 

Bernardo e Gustavo - foto de Patrícia Cividanes

Nascida a partir de um grupo de pesquisa formado por artistas envolvidos com produção cultural e teatro, cria em 2012 seu primeiro projeto "EU - Negociando Sentidos" uma experiência teatral transmídia imersiva com um mês de duração que unia redes sociais e encontros virtuais com personagens, além de encontros presenciais numa casa e em diversos lugares da cidade - com apresentações realizadas em SP e em Munique na Alemanha, como projeto convidado pela Kunstlerhaus Villa Waldberta para uma residência artística. No fim de 2013 a ExCompanhia de Teatro é selecionada no edital de Copatrocínio Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de São Paulo para transformação de “EU - Negociando Sentidos” em série de Tv / websérie. Também em 2013 cria o Espaço Mínimo, uma pequena sala de ensaios e pesquisa junto à Cia. Caxote e a Via Certa Teatral. Desenvolve atualmente o projeto Jornada, uma experiência em áudio disponível para download gratuito, que consiste em áudios-guia com dramaturgia criada em site specific a partir da memória histórica de espaços públicos e ruas, e que durante o percurso ressignifica a relação do participante-ouvinte com a cidade, com o espaço e com ele próprio. Encontra-se também em processo de pesquisa de seu novo experimento de teatro transmídia “Republiqueta”, com leituras, discussões conceituais, pesquisas de texto e pesquisas de campo com experimentos nas ruas de São Paulo, com estreia prevista para 2017. Realizou em 2015 a experiência Jornada Áudio Drama dentro da programação oficial da Virada Cultural no Instituto Capobianco (Teatro da Memória) e no Festival Satyrianas, rebatizada como Frequência Ausente 19Hz, experiência em áudio 3D e sobreposições de imagens digitais na realidade para smartphones. Em 2017 lança O Enigma Voynich, áudio série binaural com grafite digital via app, patrocinado pelo ProAC Artes Integradas SP da Secretaria de Estado da Cultura. Participou do Festival Imaginarius, em Santa Maria da Feira, Portugal, em maio de 2016, com o projeto Frequência Ausente 19Hz.

Alguns projetos desenvolvidos pela ExCompanhia de Teatatro

Teaser de Frequência Ausente 19Hzhttps://vimeo.com/192193085
Teaser de EU – Negociando Sentidos: https://vimeo.com/149018362
Video-performances criadas em Munique (ALE) para espetáculo EU – Negociando Sentidos: https://vimeo.com/126011038 ehttps://vimeo.com/126395677
karen b. – video com áudio binaural dríadas em Munique: https://vimeo.com/126011040
Balões na neve – videodança desenvolvido em Munique: https://vimeo.com/126390611
Jornada - áudio-tours com dramaturgia site specific, criada por artistas:  https://vimeo.com/171151779 

Achiles Luciano (grafite digital)

Achiles Luciano iniciou sua carreira em publicidade, antes de concluir curso de Comunicação Visual na FAAP. Atuou em diferentes áreas - past-up, arte finalista, lay-out man -, mas quando começou a ilustrar e manchar descobriu sua aptidão pela pintura. Participou II Mostra de Grafite em São Paulo e obteve a oitava colocação entre os 10 premiados que foram enviados para exposição no MIS. No início da década de 90, pintou sua primeira tela, e, atualmente, seus trabalhos estão espalhados pelo Brasil e exterior. Trabalha como artista visual, desde 1993, participando de várias exposições, além de ter realizado outros trabalhos como artista plástico, diretor de arte, digital live painting e intervenções. Entre eles, destaque para: Exposição Coletiva, na CASA Galery (Londres); exposição Brasil no Ar, na Galeria Del Angels (Barcelona); Exposição individual 1 + 1, ou Mais..., na Galeria Experimenta (São Paulo); participação do projeto da casadalapa Enquadro - capítulo 1: Domingas, um curta e um livro, lançados em 2009; residência artística em Feldafing Alemanha, Villa Waldberta, em 2013, com coletivo +br13; intervenções urbanas A Construção da Imagem e A Imagem Construída, da cia. Os Crespos (São Paulo); Projeto VRUM e VRUMvrumzinho, com o coletivo DMV22 (São Paulo e Europa); Zap! Zona Autônoma da Palavra: Um Slam Brasileiro, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos; entre outros.

Ficha técnica / serviço

Criação, direção e dramaturgia: Bernardo Galegale e Gustavo Vaz
Roteiro: Gustavo Vaz
Direção de produção sonora: Gabriel Spinosa
Grafite digital e arte gráfica: Achiles Luciano
Elenco principal: Gustavo Vaz (José), Thiago Andreuccetti (Nélson), Daniel Warren (Pierre), Bárbara Salomé (Juliana), José Sampaio (Mark), Camila Biondan (Elena) e Yunes Chami (Dr. Marcelo)
Participações: Alexandre Mello, André Sakajiri, Bernardo Galegale, Bruna Aragão, Carolina Borelli, Cássio Inácio, César Brasil, Esperança Pera Motta, Fernando Aveiro, Gabriel Spinosa, Humberto Caligari, Joaquim Farled Inforsato, Laura Farled, Karollyne Nascimento, Kayky Reis, Lúcia Bronstein, Luisa Micheletti, Mario de la Rosa, Miguel Thiré, Murilo Inforsato, Neide Nell e Paula Spinelli
Produção executiva: Camila Biondan e Laura Farled
Produtor de som: Adailton Matos
Estúdio de gravação: Gato Preto
Consultor de tecnologias: Gustavo Perri Galegale
Desenvolvimento de aplicativo iOS: Alex Kusmenkovsky
Desenvolvimento de aplicativo Android: Victor B. Vieira
Fonoaudióloga: Thays Vaiano
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Apoios: Teatro do Centro da Terra, Biblioteca Sérgio Milliet (CCSP), Biblioteca Viriato Corrêa e Biblioteca Mário de Andrade.
Produção: ABGV São Paulo Produções
Realização: ExCompanhia de Teatro

Aplicativo: O Enigma Voynich
Evento de lançamento: 31 de janeiro (terça, às 19h)
Local: Centro Cultural São Paulo (Sala Adoniran Barbosa)
Rua Vergueiro, 1000. Paraíso/SP. Telefone: (11) 3397-4002.
Entrada franca. Classificação: 16 anos. Capacidade: 622 lugares.
Download grátis / aplicativo: iOS e Android (31/01/16, a partir das 22h).

Informações: (11) 98186-0195 / 99614-0009 - https://www.facebook.com/oenigmavoynich

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Teatro do Incêndio promove oficina cênica grátis com Kleber Montanheiro


Estão abertas, até o dia 31 de janeiro, as inscrições (grátis) para Iluminar - oficina criativa de cenografia, figurino e iluminação cênica com o diretor Kleber Montanheiro, promovida pelo Teatro do Incêndio.

Para se inscrever, basta enviar carta de interesse, breve currículo e contatos para o e-mail produção.teatrodoincendio@hotmail.com. A oficina será realizada no período de 7 de fevereiro a 30 de maio, sempre às terças-feiras, às 19h.

Os selecionados participam de aulas teóricas e práticas, além de uma vivência mensal (durante um dia) no processo de criação do primeiro espetáculo do projeto A Gente Submersa da Companhia Teatro do Incêndio, que tem estreia prevista para o dia 13 de maio. A oficina oferece aos alunos a oportunidade de conhecer fundamentos de criação das três áreas abordadas, exercitando-se e debatendo conceitos ao longo dos encontros.

Esta iniciativa integra as atividades de A Gente Submersa, projeto contemplado pela 29ª edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Serviço

Oficina: Iluminar
Local: Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 53 – Bela Vista/SP
Inscrições grátis até 31/01/17 - 20 vagas
Enviar carta de interesse e breve currículo: producao.teatrodoincendio@hotmail.com
Aulas: de 7/02 a 30/05 - Terças-feiras, das 19h às 22h
Público-alvo: artistas de teatro em geral.
Os contemplados serão comunicados por e-mail.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

CCBB SP reestreia OVONO, teatro futurista de Ricardo Karman, no dia 7 de janeiro

Premiada Kompanhia do Centro da Terra realiza experiência cênica multimídia com linguagem inédita e dramaturgia que envolve tecnologia de ponta.

O espetáculo OVONO volta em cartaz no dia 7 de janeiro de 2017 (sábado, às 20 horas) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, onde permanece em cartaz até o dia 30. A montagem tem texto e direção assinados pelo artista multimídia Ricardo Karman, reconhecido por montagens ousadas e inusitadas, fundador da Kompanhia Centro da Terra.

A peça é uma aventura de ficção científica, satírica e filosófica, na qual um gigantesco osso vindo do espaço está prestes a destruir a Terra. A única esperança do planeta é Ovono, o mais perfeito cérebro artificial já criado, mas esta “máquina” está aprendendo a pensar, a ter sentimentos, e pode não estar preparada para a difícil missão de destruir o objeto ameaçador e salvar a humanidade. 

Além de Ricardo Karman (texto, direção e cenografia), a ficha técnica traz Amir Admoni na direção de animação digital e vídeo, Tito Sabatini como diretor de projeto multimídia, José de Anchieta no figurino, Domingos Quintiliano na iluminação e Otávio Donasci em projeto e consultoria de inflável. O elenco é formado por Gustavo Vaz, Paula Arruda, Paula Spinelli, Fábio Herford, Bruno Ribeiro e César Brasil.
O enredo discute a ambição pelo progresso tecnológico no decorrer da evolução da civilização. Com uma linguagem multimídia inusitada a encenação ousa em técnicas de vídeo maping com projeções em suportes esféricos e infláveis (seres e imagens criadas digitalmente por Adnomi, especialmente para a peça). Ricardo Karman e a Kompanhia do Centro da Terra levam para o teatro uma reflexão fundamental sobre os rumos do progresso e o ônus do desenvolvimentismo irrefreável em nossa época. OVONO é híbrido de teatro, mímica, vídeo e animação computadorizada: as personagens interagem em perfeita sincronia com animações digitais, cujas vozes são dubladas ao vivo pelos atores na coxia, criando uma dinâmica cênica que mistura o real e o virtual - linha mestra da pesquisa de 27 anos da Kompanhia. O cenário é um inflavel, onde fica uma calota (globo) que recebe a projeção de várias cenas, inclusive a “forma sugerida” do cérebro Ovono. Quase todas as cenas ocorrem dentro desta estrutura, quando os atores têm a voz amplificada para que o som seja perfeito.

A criação de Karman foi inspirada, de forma irônica, na corrida espacial dos anos 60 e 70, em filmes de ficção científica como 2001 - Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968) e no livro de Gênesis (Bíblia). O osso arremessado para o alto por um macaco (no filme) como alusão ao brilhante futuro da raça humana, marca a utopia do final do século XX. O eloquente orgulho da inteligência humana, das conquistas tecnológicas e da exploração do espaço contrasta aqui com um futuro perverso, com o ônus do modelo de progresso insustentável. Este é o contexto da parábola de OVONO: o Osso retorna e ameaça quedar-se, gigantesco, sobre nossas cabeças com o efeito devastador de uma bomba atômica.
Ovono é um computador dotado de inteligência artificial; é o paroxismo do intelecto humano, a mais sofisticada idealização da tecnologia, a mimese da inteligência humana (é uma criação digital que contracena com os atores, dublado por Paula Spinelli). Segundo o diretor, a sociedade do consumo confunde evolução tecnológica com desenvolvimento civilizatório. “Há uma certa hipnose gerada pela tecnologia que nos ilude, infla nossa autoestima e nos faz sentir orgulho da nossa raça. Percebemos de forma irrefutável um evolucionismo sempre benéfico. Tecnologia não deveria ser a única referência para o desenvolvimento da civilização. O verdadeiro progresso deveria ser o da evolução humana e dos ganhos sociais de toda a população”, explica Karman.

O espetáculo procura refletir com bom humor sobre essas questões da evolução. Há dois conflitos dramáticos, duas linhas de discussão no texto. Uma crê no progresso e quer manter o Osso no ar: acredita que a humanidade vai conseguir superar seus problemas e continuar evoluindo (e o osso continuará voando no espaço). A outra quer destruí-lo: não acredita na superação dos problemas (e o Osso cairá e nos destruirá). O computador Ovono defende a primeira hipótese, mas, diferentemente do HAL do filme de Kubrick, ele adquiriu fé no Osso. Afinal, ele seria o seu “pai”, a razão única de sua existência. E, contra todas as evidências científicas, “acredita” que ele não destruirá o planeta.
 
Para Ricardo Karman “o desafio em OVONO é manter a ‘simplicidade’ teatral sem deixar transparecer o inerente rigor técnico e a sofisticação eletrônica para que a história tenha um curso natural e envolvente, diante de uma dramaturgia que assume meios digitais de comunicação como ponte para a estética contemporânea”. Ele ainda explica o significado do título: “ovon-o” remete a novo, a grafia é o contrário de “o-novo”.

Ficha técnica


Espetáculo: OVONO 
Texto e direção geral: Ricardo Karman
Direção de animação e vídeo: Amir Admoni 
Direção de projeto multimídia: Tito Sabatini
Elenco: Gustavo Vaz, Paula Arruda, Paula Spinelli, Fábio Herford, Bruno Ribeiro e César Brasil.
Participação/vídeos: Lulu Pavarin, Vivian Bertocco, Beatriz Bianco e Vivian Vineyard.
Assistência de direção: Bernardo Galegale
Figurino: José de Anchieta
Iluminação: Domingos Quintiliano
Cenografia: Ricardo Karman
Dramaturgista: Rui Condeixa Xavier
Projeto e consultoria de inflável: Otávio Donasci
Consultoria de imagem: Hugo Mendes e ​Damian Campos
Equipe de suporte de projeção: Angelo Bag, Damian Campos e Hugo Rodrigues
Trilha sonora: Raul Teixeira e Rodrigo Florentino
Operação de som: Rodrigo Florientino
Operação de luz e vídeo: Leonardo Patrevita
Animação: Amir Admoni e Fabrício Melo
Rigging / verme: Leonardo Cadaval
Animação verme: Diego Souza
Videorreportagem: César Brasil
Assistência de luz para montagem: Marcos Rogério Fávero e Vinícius Requena 
Adereços: Marcela Donato, Paulo Galvão, Josué Torres
Consultoria de visagismo: Duda Marcondes
Contrarregragem: César Brasil, Bruno Ribeiro e Moisés Saron Lopes
Costureira: Lande Figurinos
Confecção de inflável: Juanito Cusicanki
Fabricação da calota: Marcelo Carlos da Macplast
Coordenação de produção e produção executiva: Vivian Vineyard
Administração: Norma Lyds e Emerson Mostacco
Projeto gráfico: Keren Ora Karman
Fotografia: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação 
Idealização: Kompanhia do Centro da Terra
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Patrocínio: Banco do Brasil
Copatrocínio: Sabesp
Estreou dia 5 de novembro de 2016

Serviço

Espetáculo: OVONO
Reestreia: dia 7 de janeiro de 2017
Temporada: Sábado e segunda (às 20h) e domingo (às 19h) – Até 30/01
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)
Bilheteria: 9h às 21h (quarta a segunda) ou: www.ingressorapido.com.br
Duração: 90 minutos. Recomendação: 16 anos. Gênero: Ficção científica (drama).

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112. Centro/SP
Tel: (11) 3113-3651 / 3113-3652. Capacidade: 130 lugares.
Acessos: Estações Sé e São Bento do Metrô.
Acessibilidade. Ar condicionado. Loja. Café Cafezal.
Estacionamento: Estapar – Rua Santo Amaro, 272 – R$ 15,00 por período de 5h (carimbar tíquete na bilheteria do CCBB).  Transporte gratuito: uma van faz o traslado (estacionamento/CCBB). Na volta, parada também no Metrô República.

SESC Santo Amaro apresenta novo espetáculo da Companhia de Danças de Diadema

Foto de Ligiane Braga
EU por detrás de MIM foi inspirado em obras de Olafur Eliasson e Guimarães Rosa.

A Companhia de Danças de Diadema estreia o espetáculo EU por detrás de MIM no Sesc Santo Amaro, nos dias 27 e 28 de janeiro, sexta (21h) e sábado (20h). 

Com direção e coreografia de Ana Bottosso, a montagem, que tem trilha sonora original concebida por Fábio Cardia, foi inspirada em obras do artista visual dinamarquês Olafur Eliasson e no conto O Espelho, de Guimarães Rosa.

Transitando pelos meandros dos reflexos e das reflexões, Ana Bottosso imaginou um universo existente por detrás dos espelhos, um mundo além  deste que conhecemos, para conceber a coreografia de EU por detrás de MIM. Seria este mundo mais - ou menos - real? Esta e outras questões foram surgindo durante o processo de criação, iniciado em 2014, norteando as pesquisas cênicas da obra, construída em conjunto com o elenco da Companhia de Danças de Diadema,

Desde o primeiro contato com Olafur Eliasson na exposição Seu Corpo da Obra, na Pinacoteca de São Paulo, em 2012, Ana Bottosso se sentiu motivada a criar algo que tratasse dos espelhos e seus reflexos. Na exposição, espelhos eram posicionados em locais inusitados que se revelavam de forma inesperada, aguçando a sensibilidade da coreógrafa e levando-a, então, a iniciar uma pesquisa sobre o assunto. “As situações espaciais provocadas pelos espelhos eram de profunda ambiguidade sobre o dentro e o fora. E esta ambiguidade foi trazida para o corpo, traduzida pela dança”, comenta a coreógrafa.

Posteriormente a esse primeiro momento criativo, o espetáculo recebeu influências também de outra obra, agora literária: o poético conto O Espelho, de Guimarães Rosa, no qual apresenta uma inquieta personagem e a descoberta de sua essência. “Encontrar ou ao menos ter a ciência da existência de outro(s) eu(s) que possa(m) coexistir com o seu EU comum, é o desafio desta obra; e também é um convite à reflexão ao espectador”, argumenta Ana Bottosso.    

O trabalho propõe o diálogo entre a aguda percepção de Machado acerca da formação do sujeito brasileiro e a poética descoberta que Rosa nos oferece com sua inquieta personagem. 

A Companhia de Danças de Diadema também irá ministrar no Sesc Santo Amaro o workshop Corpo em Reflexo no dia 4 de fevereiro, das 13h30 às 15h30, com inscrições grátis.

         Fotos de Ligiane Braga

Ficha técnica
Foto de Adriana Horvath

Direção geral e concepção coreográfica: Ana Bottosso
Ass. de direção e prod. administrativa: Ton Carbones
Elenco: Companhia de Danças de Diadema
Assistente de coreografia: Carolini Piovani
Concepção musical: Fábio Cardia
Desenho e operação de luz: Silviane Ticher
Sonoplastia: Renato Alves
Concepção figurino: Ana Bottosso
Confecção figurino: Cleide Aniwa
Professores/dança clássica: Eduardo Bonnis e Márcio Rongetti
Condicionamento físico: Carolini Piovani
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Assistente de produção e comunicação: Renato Alves

Serviço

Espetáculo/dança: EU por detrás de MIM
Com Companhia de Danças de Diadema
Dias 27 e 28 de janeiro de 2017
Sexta-feira (21 horas) e sábado (20 horas)
Sesc Santo Amaro – Teatro
Rua Amador Bueno, 505. Santo Amaro/SP. Tel.: (11) 5541-4000.
Ingressos: R$ 17,00, R$ 8,50 (meia-entrada: pessoa c/ 60 anos ou mais, servidor de escola pública, pessoa com deficiência, aposentados e estudantes) e R$ 5,00 (credencial plena).
Duração: 50 min. Classificação etária: 14 anos. Capacidade: 271 lugares.

Workshop

Workshop: Corpo em Reflexo
Com Companhia de Danças de Diadema
Dia 4 de fevereiro - Das 13h30 às 15h30
Sala de Práticas Corporais.
Inscrição: no local, no dia da atividade. Grátis. Vagas limitadas.
Público alvo: maiores de 14 anos com alguma experiência em dança.
Abordagem: O workshop trata da diversidade de estilos de dança presentes no espetáculo EU por detrás DE MIM, bem com aborda seu processo criativo.